As atividades em torno do prefeito Luciano Cartaxo, na manhã desta sexta-feira, abrigaram caciques e militância na Capital em evento da Prefeitura expondo o sentimento de confiança de que o candidato Lucélio Cartaxo venha a estar no segundo turno.
Era visível as manifestações dos correligionários.
O FATOR JOÃO AZEVÊDO
A Campanha sucessória na Paraíba chega à reta final expondo de forma clarividente a ascensão e crescimento gradativo mais forte do candidato do Governo, João Azevêdo.
Os números das pesquisas apontam e comprovam que houve migração e/ou transferência de votos do governador Ricardo Coutinho na margem previsível mínima de até 25%.
João Azevêdo foi além desse patamar assumindo a liderança nas intenções por vários fatores, entre os quais o desempenho próprio e pessoal como candidato num crescente desde a postulação até na postura discursiva.
De fato, ele soube incorporar a condição de candidato situacionista com melhor conhecimento da atual gestão agregando a habilidade de atrair apoios no decorrer da campanha muito além da questão perfil técnico, onde tem reconhecimento até da Oposição.
O QUE DIFERE DE 2012, 2016 E 2018?
Ricardo Coutinho construiu com João Azevêdo uma candidatura em 2018 bem diferente do que foi apoiar as candidaturas de Estela Bezerra e Cida Ramos nas disputas da Prefeitura de João Pessoa contra Luciano Cartaxo.
Na eleição de 2012, Ricardo perdeu por conta de vários fatores, entre os quais a fundamental e decisiva participação do então prefeito Luciano Agra e outros dissidentes na campanha de Cartaxo, além da força muito importante de Lula vindo a João Pessoa pessoalmente para último comício.
Diante desta conjuntura, a transferência de Ricardo não foi suficiente porque também a candidata Estela sofreu preconceitos de setores reacionários por sua defesa de questões de gênero e outros posicionamentos, além de enfrentar dois ex-governadores, José Maranhão e Cicero Lucena.
No caso de Cida Ramos, em 2016, a transferência não se deu também porque a gestão de Luciano Cartaxo soube criar imagem aprovada com alto índice freando a influência de Ricardo.
SITUAÇÃO DE 2018
A estrutura da campanha de João Azevêdo neste ano foi provida de articulação bem engendrada desde a sua escolha de assessor mais conhecedor da gestão estadual.
Além disso, a base política de apoio no Estado reunindo mais de 160 prefeituras e a estrutura partidária ampliada permitiram a ampliação de sua imagem nas dezenas de municípios.
Mas, o fator mais importante, foi e tem sido a própria performance de João Azevêdo se apresentando como político de imagem técnica moldada ao campo político melhorando seu discurso e a forma improvisada de dialogar com a sociedade e todos os segmentos.
Trocando em miúdos, sua liderança na disputa é fruto da transferência real de Ricardo mais a habilidade pessoal de Azevêdo.