Wladimir: “Como Políticos da classe de Antônio Mariz fazem tanta falta ainda hoje!”

Pela ordem de chegada, de histórico e até acervo produtivo, não há na Paraíba nenhum Cineasta com a dimensão nacional e internacional de Wladimir de Carvalho, aos 80 anos, um Intelectual lúcido e indispensável como referência sem igual de desempenho nas vidas pessoal e intelectual.

Nesta segunda-feira, 23, tivemos um relativo tempo demorado de conversa pelo telefone – detalhe, convencional -, porque Wladimir de Carvalho é dos que ainda não ostenta celular. É avesso do avesso do avesso, para lembrar o poeta Caetano.

Pois bem, conversa vai e vem, eis que chegamos ao nome do ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e ex-prefeito de Sousa Antônio Marques da Silva Mariz. Nosso amigo, eis outro valor à parte.

DA SAFRA INCOMUM DOS ‘HOMENS PÚBLICOS’

Wladimir foi logo dizendo: “Não se tem mais Homem Público da estirpe de Mariz, um Político preparado, idôneo e com espirito realmente público que muita falta nos faz hoje diante deste lamaçal à vista”.

O cineasta completou: “ainda hoje lembro de seus gestos, de suas atitudes corajosas em favor do bem social contra as injustiças e discriminações contra os mais humildes”.

O APOIO AO FILME BASILAR

O Cineasta famoso, residente em Brasilia mas nascido em Itabaiana/PB, lembrou com voz embargada que foi Mariz, enquanto prefeito de Sousa, quem gerou as condições primeiras para produzir “País de São Saruê” – um filme denuncia dos horrores sociais do semi-árido nordestino onde sequer as pessoas tinham dignidade na morte.

– Mariz era tão exigente consigo e com as coisas públicas que quando fui solicitar um apoio para produzir o filme, ele foi logo me dizendo que não teria condições de apoiar sem que eu pudesse oferecer um serviço concreta ao município de Sousa – comentou para acrescentar:

– Foi aí que sugeri fazer pela primeira vez um filme da cidade a partir da data 7 de Setembro, que produzi com Manoel Clemente e ele só pagou quando estava tudo pronto – comentou.

EM TEMPO

Com o título inspirado num folheto de cordel, o País de São Saruê contrasta as potencialidades do sertão nordestino com a luta dos homens contra a seca diante de muito sofrimento.

Aliás, Mariz é um dos personagens da narrativa sendo entrevistado como prefeito em Sousa quando de Seca braba para variar registrando mortes de gente e de gado em abundância.

SINTESE

Wladimir encerrou a conversa relembrando muitos outros fatos que, na prática, sempre fizeram de Mariz um Político singular, espécie em extinção há tempo.

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