A sociedade moderna experimenta novos (velhos) dilemas, conflitos e incertezas pelo antigo filtro ideológico, onde na essência está o eterno paradigma de conflito entre Capital e Trabalho – nos últimos tempos recheado de novos ingredientes ofertados por instrumentos de dominação de Pactos políticos e à Direta diante de estratégias inovadoras adotadas via tecnologia.
Levemos em conta, por exemplo, o Ocidente predominado pela força do Neo-Liberalismo, aqui representado pelo novo Timing do Capitalismo Moderno predominando com o uso, ou da Força ou das estratégias de dominação política, Vide Pacto da nova Elite da América do Sul enfrentando e derrubando Modelos de Governos – vide a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff, sendo ela Líder Política ética cassada por setores corruptos.
O CASO DO BRASIL
Como se sabe, o inimaginável aconteceu: de forma bem organizada setores majoritários da Classe Política atolada em corrupção constatada construíram um Grande Pacto político envolvendo Judiciário, Ministério Público, PF sob a coordenação manipuladora da Mídia para desalojar o PT e a presidenta Dilma do comando do país por suas Políticas inclusivas e de combate aos Desvios – vejam só os corruptos usando a tese da Defesa da moralidade e da Ética.
TUDO ANTES COM STF MUDO
Sérgio Machado, também envolvido na Corrupção, já havia antecipado em uma de suas Delações todo o esquema em conversa com Romero Jucá , cujo teor foi publicado nas Redes Sociais. E o STF viu tudo sem nada fazer.
O pior neste contexto é constatar o “desmantelamento” institucional do STF a tudo assistindo e agindo cúmplice do Grande Esquema onde membros da Corte, a exemplo do Ministro Gilmar Mendes, assume publicamente a Defesa de partidos e políticos flagrados em corrupção – sem que o Supremo exerça sua missão de respeitar e zelar pela Constituição.
EXEMPLO DA CONIVÊNCIA DO STF
Em dezembro de 2015, o Supremo recebeu Ação da Procuradoria Geral da República pedindo o afastamento do então presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, por estar manobrando no exercício do Poder para tentar escapar das denúncias de corrupção comprovadas contra ele.
O então Ministro Teori Zavaski ficou por quase um ano com o processo deixando Eduardo Cunha presidir o processo de Impeachment de Dilma. Só depois , em seguida, autorizou o pedido de prisão.
Se tivesse acatado a ação de Cunha em 2015 a história seria outra porque, em tese, ninguém teria coragem de tocar um processo de afastamento de uma presidenta honesta no Poder.
A PARTE DA PARAIBA
O anti-petismo e o conchavo dos principais partidos e líderes (PMDB, PSDB, etc) com o Grande Esquema foram tão fortes que chegaram a unir antigos inimigos, a exemplo dos senadores José Maranhão.
Todos sob a bandeira da ética acusando o PT de corrupto quando foram seus líderes maiores, como Michel Temer, Renan Calheiros, Romero Jucá, Aécio Neves, Serra, Alckmin, Aluízio Nunes acusados de estarem na lista de propinas da Odebrecht.
Aliás, Cássio também está na lista.
O governador Ricardo Coutinho e o senador José Maranhão, não.
Nem Lula e nem Dilma estão.
EFEITOS NA RAIZ IDEOLÓGICA
A Grande Trama uniu inimigos na Paraíba – lembro Maranhão e Cássio – atraindo a força emergente do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, na construção de um Bloco de Centro Direita , cujo discurso de ataque à corrupção do PT não tem colado porque no Estado nenhum petista tem envolvimento espúrio.
Esta essência à Direita fez o governador Ricardo Coutinho se manter soberano no campo progressista de Esquerda voltando a contar com o apoio do PT na retomada da Frente de Esquerda mais rápido do que se imagina.
O fato é que , muito além do debate ético, há um processo ideológico reaquecido unindo até inimigos para tentar derrotar RC e suas ações de Governo reformista e de resultados no campo administrativo a lhe fortalecer no confronto com seus adversários estaduais pelo saldo maior de realizações .
Em 2018, é este fulcro ideológico e de realizações concretas no comparativo entre as e lideranças diante do fator Ético que vão predominar nas novas escolhas de futuro.
Tudo está muito claro.
