PARQUE DAS FEIRAS E A LOGÍSTICA OBSOLETA

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             Em visita recente ao Polo Comercial de Toritama, PE, o famoso PÓLO DO JEANS, nos surpreendeu o entorno da cidade, agora com infraestrutura mínima, com novos hotéis, diversos postos de gasolina, duplicação da estrada entre Caruaru, aquele lugarejo, e Santa Cruz do Capibaribe. Esta última cidade, onde existe também outro imenso Polo Comercial impactando a região como atrativa de compras, atacado e varejo, e indústria fabril de roupas da moda no Nordeste do Brasil.


Os homens do governo, os grandes empresários, suas equipes e profissionais que mais se destacam, costumam geralmente sair e fazer viagens de interesse comercial, de troca de informação, de aperfeiçoamento técnico, novas experiências, para enfim buscar um aproveitamento viável no próprio lugar em desenvolvimento. Mas, o que acaba travando o desempenho desses investimentos?


Em apenas duas horas que passamos por lá, pudemos anotar pequenos detalhes que aqui registramos como sendo necessários ao composto de marketing de qualquer grande empreendimento, para que possa correr bem, com sucesso e resultado, dando o aparato estrutural necessário ao grande público, tanto empreendedor como consumidor interno e externo. 

Não desmerecendo a importância daquele Parque das Feiras, e sabendo que Toritama terá a partir de janeiro um novo prefeito à frente da cidade, percebemos que é urgente cuidar e atualizar, colocar uma melhor sinalização, cobrir e taxar o estacionamento, contratar segurança privatizada, destinar áreas específicas para moda jovem, terceira idade, praia, moda íntima, etc. Criar espaços de convivência com visão de futuro e não apenas uma praça de alimentação com pouca opção gastronômica. Os restaurantes não aceitam cartões de crédito, não servem sequer um cafesinho, não há grifes de valor. E ofertar cursos de capacitação profissional, coach, logística de atendimento, armazenamento, circulação, negociação, entre outros; além de climatizar os galpões dando maior conforto ao público em geral. E também criar eventos como fashion weeks para promoção das marcas e exportar a imagem do complexo de negócios.


Pernambuco, durante o governo Eduardo Campos (PSB), gozou do prestígio do Governo Lula que muito apoio deu ao estado natal do presidente. Evidentemente viabilizou empreendimentos de vulto. As diversas fábricas com suas plantas em todo o Estado, como a Sadia, da BR Foods, a Mondelez – maior fábrica de chocolates e biscoitos recheados do mundo, tendo no portfólio produtos da linha Sonho de Valsa, Bis, Club Social e outros, a Capricche, concorrente da Vitarella e Pilar, do grupo M. Dias Branco, a Fiat em Goiana, e o próprio Complexo Portuário de Suape com o Estaleiro Atlântico Sul, Petroquímica Suape, Pernoid, Pepsico, Caninha 51, Tamasa, a Bunge, Refrescos Guararapes (Coca Cola), Shineray Motos, Minasgás, Total, Ipiranga, também as novas fábricas da AMBEV e Itaipava, entre inúmeras outras, além do investimento em Turismo de Negócios, Turismo Histórico e Cultural, tudo isso impactou enormemente para a retomada do crescimento.

Pernambuco passou a ter durante três, quatro anos, o PIB maior que a média nacional, servindo de atrativo para implantação de grandes marcas e fábricas de todo o mundo. O que se lamenta é agora ver um Estado que no mínimo tem grande desafio pela frente, na tentativa de buscar se manter, para não perder todo o investimento. O negócio é reiniciar, por exemplo, cuidando da logística obsoleta do Parque das Feiras e sua entrada que é um lixo só, para não deixar se tornar o cartão visita do Estado.

Gil Sabino é jornalista e gestor de marketing – g.sabino@uol.com.br
 

Escrito por: Gil Sabino

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