O mundo musical brasileiro vive a contradição de sempre: tem um volume expressivo de artistas produzindo música qualificada, de referência estética até, mas convivendo com a ignorância e apatia da Grande MÍdia em nível nacional por preferir o mercado do besteirol e do modismo. Só que, nos últimos tempos, a revolução cultural e mercadológica advinda da WEB já permite a existência e meios para que haja público e artistas sobrevivendo apesar da Mídia tradicional.
Esta é a síntese da performance atual (e sempre) do vanguardista pós-Tropicalista Tom Zé e sua banda qualificada ancorada pelo multi-instrumentista Jarbas Mariz, apresentando show em João Pessoa as suas antigas e novas canções.
Tom Zé se mantém conceitualmente rejuvenescido sem se importar para a idade, que acima dos 70 anos leva muita gente ao Pijama. Com o Baiano-Paulistano nada é mais importante do que usar a irreverência zombando com tudo Politicamente, mas rastreado por uma base musical qualificada.
O SHOW
O neo-tropicalista se reinventa com a construção de músicas esteticamente vanguardistas, muito longe do besteirol do Modismo ditado pelo Showbusiness, mesmo quando que, até na construção de letras à inspiração Modernista, saiba enquadrar tudo em base melódica bem resolvida.
Tom Zé é um ator em palco com gestos e mugangas performaticamente ousadas, já com sua identidade também estética à altura das suas canções de letras e arranjos a fazê-lo tanto e mais inovador quando em “Panis e Circense”, o grande LP do Tropicalismo.
Em sintese, João Pessoa conviveu durante o show de Tom Zé com a afirmação de que o artista é “pole posicion” e Vanguarda músico – Gestual com seguidores em todo Brasil pela expressão Pós Modernista, Pós – Tropicalista indispensável ao nosso universo musical.
