5 de agosto de 2016 ficará para sempre na memória do cantor e compositor Zé Ramalho como data singular de celebração de 40 anos de sua deslumbrante carreira com nova leitura Clássica ofertada pela Orquestra Sinfônica e a Orquestra Jovem da Paraíba à base das principais canções do cantador.
Havia no Teatro “Pedra do Reino”, palco da apresentação e gravação de DVD, um clima de encantamento e devoção do público tomado de reverenciamento ao criador de um conjunto de Obra soberana a partir da profundidade das Letras rebuscadas com melodias marcantes.
A FORÇA DAS CANÇÕES ETERNAS
Zé Ramalho construiu ao longo de 40 anos de carreira artística a afirmação distinta de letrista e músico com sua obra marcada por leituras da vida e dos humanos sem igual. E o que é especial: com vibrato na garganta única na Música atemporal.
O conjunto da Obra inserida nas suas principais canções remete o leitor e ouvinte à reflexões sobre narrativas de símbolos incomuns, como se dá em “Avôhai”, “A Terceira Lâmina”, etc com suas viagens galácticas misturadas com sentenças poéticas na voz do Cantador.
Na vida brasileira recente, sobretudo dos tempos negros da Ditadura para cá, Zé Ramalho é porta-voz da vibração sociológica atual e imensa de várias gerações do País através de “Admirável Gado Novo” com estatura somente possível a “Pra Não Dizer que não falei de Flores”, de Geraldo Vandré e “Que País é esse”, de Renato Russo/Legião Urbana.
MAIS FILOSOFIA E DESLUMBRE
Canções como “Vila do Sossego”, “Beira Mar”, “Jardim das Acácias”, “Canção Agalopada”, “Eternas Ondas”, “Chão de Giz”, “Garoto de Aluguel”, etc se transformaram em símbolo da Imortalidade de Zé Ramalho em condição poética de visionário com suas raízes identificadas na aldeia, na filosofia, na recodificação da loucura Freudiana, nas viagens enigmáticas do ópio ou da planta verde do chão.
Letras e melodias em Zé Ramalho são açoites linguísticos a fazê-lo reconhecido por gerações distintas por tê-lo como Trovador contemporâneo, mesmo já com idades passadas, porque seu saber poético é muito maior que a ordem cronológica da vida.
NOITE MÁGICA
As duas Orquestras da Paraíba – situadas em João Pessoa como Capital nacional da música erudita – sob a regência do Maestro Luiz Carlos Durier, elevaram a Obra de Zé Ramalho para imortalidade sonora de um Pensador Cantador da vida eterna.
Um grande espetáculo foi o que se viu.
ÚLTIMA
“O nome/a Obra imortaliza…”