O ato público registrado neste quinta-feira de manhã na Associação Paraibana de Imprensa em que o PPS formalizou, através de seu presidente municipal – Bruno Farias, o apoio formal do partido à pré-candidatura da professora Cida Ramos, também Secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, se traduz em fato político relevante, além do fator partidário – eleitoral.
A simbologia do ato tem a ver com a recomposição de unidade de forças e convivência entre o governador Ricardo Coutinho e o presidente estadual e vice-prefeito Nonato Bandeira superando traumas e desconfianças anotadas no tempo recente quando eles resolveram tomar caminhos diferentes na sucessão municipal.
O EFEITO CONCRETO
Afora o elemento da retomada de convivência, que deve resultar em estratégias comuns, o ato comandado por Cida Ramos tem uma natureza delicada e fundamental, que é o fato de Nonato Bandeira ser o atual vice-prefeito da cidade, portanto, tem papel estratégico no organograma da Prefeitura mesmo sem nenhum apoio concreto.
Como vice-prefeito, Nonato Bandeira não tem força nenhuma na atual estrutura de Poder mas, constitucionalmente, ele dispõe de mecanismos para no minimo ser um agente provocador e cobrador das diversas ações do Governo Municipal, sobretudo, os casos polêmicos, a exemplo do projeto da Lagoa – alvo de denuncia e investigação.
O ‘NOVO’ DISCURSO DA RECONSTRUÇÃO
Do ponto-de-vista conceitual, a reaproximação de Ricardo e Nonato simboliza também a construção de discurso uniforme entre eles e os partidos na direção de bater forte na gestão de Luciano Cartaxo na repetência da crítica de que a atual gestão não tem conseguido atender às demandas levando a cidade a uma redução de resultados.
Na prática, a partir de agora vao repetir quantas vezes preciso de que o saldo do Governo Cartaxo é inferior ao que poderia acontecer numa gestão de Ricardo ou, como querem eleger, tendo Cida Ramos como prefeita.
ULTIMA
“Angola chora por mim/ a luta nem terminou…”
