A sociedade brasileira tomou um choque neste domingo (17), com o nível dos parlamentares que representam as sociedades dos diversos Estados do País. Pelo que se viu durante a tarde e noite nas redes de TV foi a maioria dos deputados federais expondo suas verdades e argumentações com visível desqualificação.
Ao longo dos depoimentos, ficou evidente que há uma exploração indevida na invocação de Deus e em nome da família para esconder a farsa de um discurso moral contraditório com o que estava exposto na sessão a partir de quem a presidia.
Ficou claro, muito claro, que o nível da atual legislatura em curso é uma das mais retrógradas dos últimos anos, porque não servem para saber discutir e propor avanços legislativos em favor da sociedade em geral, mas de segmentos sociais de viés conservadores radical contra avanços produzidos no Brasil a duras penas desde a Constituinte de 1888.
A rigor, afora o falso discurso da moralidade e do combate à corrupção, diante de um Eduardo Cunha conduzindo os trabalhos com acusações diretas ao presidente de ser responsável por desvios e roubo de dinheiro público, também chamou a atenção o fato das representações não conseguirem sequer justificar seus votos em cima do conhecimento específico do processo de impeachment.
Preferiram, como disse, responsabilizar e invocar indevidamente Deus por suas artimanhas e opções políticas forjadas em grandes esquemas autoritários e longe de praticarem na prática o zelo pela Ética na política.
Em síntese, ficou muito evidente que o nível dos deputados federais está muito abaixo das aspirações populares, mesmo que seja indispensável registrar a existência de parlamentares compondo uma capacidade de argumentação acima da média.
O Congresso chocou com a realidade representativa apresentada nas redes de TV.
