A luta estudantil, a agressão inaceitável e o aproveitamento

{arquivo}O prédio da Reitoria da UFPB convive desde o final da tarde desta segunda-feira, 29, com o registro de tumulto seguido de agressões verbais e físicas contra a Reitora Margareth Diniz e alguns pró-reitores diante de atitude exacerbada de parte dos manifestantes criando um cenário que depõe contra o legitimo direito dos universitários reivindicarem melhoria.

Esta não é a primeira nem será a última manifestação reivindicatória de um segmento sempre a conviver com toda natureza de deficiência estrutural, portanto, ir à radicalidade democrática faz parte do jogo e precisa ser respeitada.

Na prática, a luta atual dos grevistas de fome, por exemplo, já surtiu efeito com resultados práticos a partir da primeira e mais urgente questão, que era e é a assistência estudantil (no meu tempo de pindaíba era o Crédito Educativo na CEF) e outras pautas, como melhoria do HU, creche para as universitárias mães, etc.

Se isso é verdade, é inaceitável agredir a Reitora, pró-reitores etc causando pânico em jovem Deficiente que aguardava sua mãe para voltar à sua casa.

QUANDO O JOGO COMEÇA A SE REVELAR

Ora, ir para negociação e defender o máximo de soluções imediatas é tudo o que faz parte do processo.

Não faz é quando parte dos manifestantes extrapola o limite da radicalidade democrática da reivindicação e parte para a agressão física, de acordo com B.O. registrado por várias pessoas na Policia Federal, levando o justo e indispensável processo reivindicatório a perder força e sentido por quanto não está no jogo a natureza da agressão.

Poucos se advertiram ou se advertem que, recentemente, o Congresso Nacional aprovou medidas contra intolerâncias que devem gerar muitos problemas na carreira futura dos radicalizadores agressivos. Não cabe, não comporta.

O RESCALDO DO ANTES E DEPOIS

A reversão do brilho incontestável do movimento começou a se fazer quando alguns poucos radicais ignoraram a intermediação do Ministério Público e da Defensoria Pública chegando a ser pautada a reunião com a Reitora visando encontrar solução ao impasse.

Mas, ao verem a reitora dirigir-se para seu gabinete, o destemperamento localizado deu guarida ao elemento agressor injustificável, por isso, ao Ministério Público caberá agora encontrar meios de gerar clima civilizado a uma possível outra reunião.

À QUEM INTERESSA AGREDIR E RADICALIZAR

{arquivo}A esta altura do campeonato, começa a tomar forma um cenário em que, ao que tudo indica, as reivindicações dos manifestantes ficaram em segundo plano porque, pelo tom da carruagem, não é demais supor que existam outros interesses imbutidos na crise para fazê-la não acabar, por certeza nutrido pelo clima de disputa para Reitor(a) da UFPB.

E se é verdade a existência deste interesse, certamente pode estar vigorando a tática de “quanto pior, melhor”, comparativamente da mesma forma como a Oposição e a Midia tratam a realidade do Governo Dilma e do PT.

TEMPO DE LEVAR A SÉRIO

Só que a UFPB não é partido nem se rege por nenhum deles, por isso, ainda enquanto é tempo está na hora de resolver as reivindicações, mas sem busca de “cadáveres” em lutas que são de todos.

A UFPB não merece espetáculos deprimentes da agressão física, mesmo diante de um agrupamento de grevistas a merecer respeito por sua luta e coragem.

No mais, é a Sucessão política que parece nutrir a cena arbitrária.


 

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