A discrição

 

A definição de um caráter tem muito a ver com a capacidade de exercer a discrição na maneira de ser. O brilho de uma personalidade se faz mais acentuado quando se percebe a discrição como característica de comportamento. Ser discreto é, antes de tudo, ser alguém que revela um elevado grau de maturidade.

Quem não respeita a intimidade do outro ou vive se intrometendo na vida alheia, tem dificuldades em conquistar admiração, deferência e consideração. O indiscreto manifesta uma disposição para se apresentar com vulgaridade, porque ama as extravagâncias, traz no seu proceder a marca da exibição exagerada, sempre no propósito de chamar a atenção. E assim se porta sem avaliar as consequências dos seus atos.

A discrição recomenda calar no momento preciso, falar o que for adequado às circunstâncias, ter consciência do seu verdadeiro lugar, frear o orgulho e o egocentrismo. Ter cautela na apresentação pessoal e na conduta social é mostra de recato, característica dos que sabem evitar aborrecimentos para si e para os outros, nunca se expondo a situações que mereçam escárnio ou zombaria.

Cultivar a virtude da discrição é enriquecer-se espiritualmente. A pessoa discreta traz no seu íntimo a capacidade de considerar as individualidades, sem violar privacidades ou viver tentando desvendar segredos que não lhes pertencem. A humildade, a modéstia, a prudência, a simplicidade, conduzem o ser humano ao procedimento discreto. Melhor ser admirado por essas qualidades, do que ser apontado como alguém que quer ser o centro das atenções no uso da apelação e da ostentação fora de contexto. A discrição é, portanto, sinônimo de elegância e de educação.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

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