Perspectivas econômicas 2015

Para o Brasil, 2015 será um ano difícil. Nada, porém, de catastrófico. Os seis primeiros meses serão de ajustamentos e controle das contas públicas, do câmbio e da inflação. É claro que haverá o peso dos escândalos e corrupções ligados à Petrobras. Mas a rigorosa apuração dos fatos e punição dos culpados poderá criar um cenário positivo.

A situação mundial tende a melhorar. As economias dos Estados Unidos, China, Índia, Japão e países da Europa crescerão mais do que em 2014. Com esse quadro externo e os novos rumos internos, o Brasil poderá chegar ao final de 2015 com um incremento do PIB de 1,5%, inflação de 5,7%, dólar de R$ 2,95 e taxa básica de juros de 11%.

O ritmo expansivo da economia do Nordeste provavelmente continuará superior ao da economia nacional. Nos anos de 2011 a 2014, o PIB regional cresceu a taxa anual de 2,8% e o brasileiro a 1,6%. É razoável prever um incremento de 3% para o PIB regional, em 2015.

O Nordeste avançará nos seus projetos de transposição de águas do rio São Francisco, Ferrovia Transnordestina, indústrias petrolífera, automobilista e de energias renováveis, construção civil, agroindústria exportadora, turismo, etc. Essas áreas produtivas e a forte atuação assistencial do governo federal manterão a economia regional em alta.

A economia paraibana, após mais de 20 anos de involução relativa, dá sinais de vida. O seu crescimento saiu do terceiro menor, entre os estados nordestinos, no período 2002-2010, para o quarto maior, nos últimos 4 anos.

De 2011 a 2014, os PIBs estaduais do Nordeste com maiores taxas anuais de crescimento foram os do Maranhão 7,5%, Pernambuco 4,5%, R.G.do Norte 4,4% e Paraíba 3,5%. Muito acima, portanto, das dos PIBs do Brasil e do Nordeste. A Paraíba deverá manter, em 2015, um desempenho econômico expressivo. O seu PIB deve crescer de 3 a 4%.

Entre as razões ser dessa recuperação paraibana destacam-se as seguintes: a) os efeitos no setor privado local advindos do grande crescimento da economia de Pernambuco, b) o aumento substancial dos investimentos e ações do governo federal em infraestruta, habitação popular, urbanização e assistencialismo e c) a atuação do governo do estado destinando um significativo percentual do seu orçamento para investimentos.

Em 2015 o PIB da Paraíba poderá ter o quinto ano consecutivo de crescimento acima dos PIBs brasileiro e nordestino. O fato é alvissareiro, mas não se pode dizer que seja a luz no final do túnel. Afinal, o Estado acumulou um longo passivo histórico de atraso e deixou de ter a quarta maior economia do Nordeste, caindo para a sexta posição.

A economia do Maranhão continuará sendo, em 2015, a quarta maior do Nordeste, e a do R.G. do Norte a quinta. O atual processo de recuperação da economia paraibana precisa ser fortalecido. É indispensável dotá-lo de forças dinamizadoras endógenas capazes de assegurar o crescimento econômico sustentável, com foco no setor produtivo e na iniciativa privada

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