É próprio do ser humano alimentar expectativas. Elas surgem dos sonhos e da confiança depositada em algo ou alguém importante em nossa vida. Quando frustradas sentimo-nos decepcionados. Ninguém gosta de viver experiências desagradáveis, ainda mais quando ocorrem em razão de uma decepção. É muito difícil lidar com tranquilidade nessas situações.
Resistimos olhar a realidade à nossa volta, ela nos causa abatimento, sofrimento e desilusão. De repente, a esperança se transforma em desapontamento, a certeza se revela uma imprecisão, nos vemos atacados por um forte sentimento: decepção.
O pior é que a decepção chega de onde menos esperamos, por isso é tão mais dolorosa. Se não tivermos cuidado ela nos puxa para baixo, nos leva a desacreditar no mundo e nas pessoas, produz cicatrizes profundas no coração e na alma.
A decepção põe fim a relacionamentos construídos na base da confiança, dilacera sentimentos de amor e de amizade, faz desaparecerem esperanças acalentadas. Somos postos à prova nas ocorrências da decepção. Por um momento não conseguimos compreender que circunstâncias de desgosto, mágoa ou descrença, são oportunidades para buscarmos força emocional para reagirmos e superarmos seus efeitos traumáticos.
Precisamos entender que as decepções nos ensinam a viver. Jamais devamos permitir que decepções nos tornem pessoas frias, amargas ou rancorosas. Antes nos façam preparadas para enxergarmos as maldades, maledicências e a falsidade, que, em razão do exagero de confiança, deixamos de perceber.
O segredo para a proteção contra decepções, é acreditar mais em si mesmo, não dedicar tanta atenção e esperança nos outros, nem em projetos que dependam de ações alheias.
• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.