A prudência

 

“A prudência é a filha mais velha da sabedoria”, essa frase foi proferida por Victor Hugo, o consagrado escritor francês, autor do clássico da literatura “Os Miseráveis”. Mas é uma grande verdade. A prudência era considerada na Antiguidade como uma das quatro virtudes cardeais. Sem ela, no entanto, as outras não teriam como serem exercidas: a temperança, a coragem e a justiça. Prudência se confunde com bom senso, capacidade de discernimento, realização de escolhas de forma pensada, ponderada, analisada.

A decisão do agir não pode prescindir de uma avaliação consciente que permita selecionar os meios para se chegar aos fins. Quando se age com cautela, sensatez, calma, se vive bem. Evita as inconveniências e os perigos, impede precipitações. O homem prudente é atento a tudo, está sempre preparado para enfrentar situações imprevistas, nunca é surpreendido pelo inesperado. Os caminhos da vida têm a prudência como um guia, um direcionamento.

Não se pode confundir prudência com covardia, medo de correr riscos. O homem prudente apenas usa da paciência e do comedimento, para resolver o que fazer no tempo certo. Ele tem a noção exata da oportunidade para se adotar uma decisão acertada. Não age por impulso ou na base da emoção.

Aristóteles nos ensinou que a prudência é uma virtude intelectual, porque está fundamentada no conhecimento. No processo de deliberação pessoal, seja em que situação for, o indivíduo tem que analisar cuidadosamente os prós e os contras para se chegar a um juízo final. A previsibilidade da ação é condição primeira para a prática da prudência. O homem prudente presta muita atenção, não só ao que acontece, mas principalmente ao que pode acontecer.

• Integra a série de crônicas “SENTIMENTOS, EMOÇÕES E ATITUDES”.

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