{arquivo}Para ser mais exato, na ordem preferencial da Roda Maior sobre a Roda Menor, as articulações dos partidos em nível nacional têm se ocupado muito mais sobre os efeitos de Marina Silva no processo sucessório, mesmo assim as cenas estaduais começaram a ser tratadas com mais zelo e determinação do que antes. É o caso da Paraíba, por exemplo, que passou a ter um valor enigmático e especial.
Adicione-se a este componente, o fato do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot avocar para si o Recurso em que está em jogo o futuro da coligação do PT na Paraiba com seu parecer revelado em primeira mão pelo Portal WSCOM recomendando a revisão da decisão do TRE/PB, ou seja, que a aliança celebrada no âmbito regional do PT com o PSB seja desconsiderada e passe a ser com o PMDB.
A rigor, ainda se faz prudente aguardar a decisão do Plenário do Tribunal Superior Eleitoral porque se trata apenas de uma recomendação de instância importante, no caso o Ministério Público, mesmo assim não dá para ignorar a importância que esse instrumento deve ter no exame dos doutos Ministro do TSE.
O ARGUMENTO EM SI
Com base no Parecer do Procurador Janot, é exatamente o documento assinado pelo presidente do PT Nacional, Rui Falcão, e encaminhado no último dia de registro das candidaturas que passa a ter valor considerado pelo Ministério Público, diferentemente do que se posicionaram 4 dos 7 Juízes do Tribunal Regional da Paraiba.
Na prática, entende o MPE que Rui Falcão tem legitimidade, sim, para em nome do partido fazer indicativos de decisões tomadas em instâncias partidárias, no caso a aliança com o PMDB.
É este o nó górdio que passará a ser desfeito, se o Plenário acatar o Parecer do MPE.
EFEITOS IMEDIATOS
Com o Parecer do MPE já pronto, a partir de agora é questão de tempo apenas para a Ministra Relatora, Cristina Lócio pedir pauta e oferecer seu entendimento final visando a decisão do colegiado do TSE.
São duas as hipóteses diante do processo: 1) a Relatora e o Plenário decidirem acompanhar o voto do Ministério Público; 2) recusar a indicação do MPE.
QUESTÕES POLÍTICAS PARALELAS
Os partidos em nível nacional passaram a dar maior relevância aos processos estaduais, como é o que está em tela neste momento.
Diante da decisão do governador Ricardo Coutinho de anunciar apoio a Marina Silva, o “terror” do PT e do PSDB, o Partido dos Trabalhadores passou a tratar o lider do PSB como adversário e mandou diversos ministros a participarem do Horário Eleitoral do candidato do PMDB, Vital Filho, a exemplo do Ministro Ricardo Berzoini, porque é o espaço da majoritária existente para a defesa do legado Lula/Dilma. De hoje em diante são vários os depoimentos, inclusive de Dilma e Lula.
O PT nacional anda apavorado com o crescimento de Marina e não considera inteligente mais ver o tempo do partido na Paraíba sendo ocupado pela adversária de Dilma.
DILMA NA PARAIBA
Afora o efeito que a decisão do TSE provocará na formatação das alianças no Estado, a coordenação da campanha presidencial tem estado em reuniões constantes em Brasília e São Paulo, agora decidida em fazer Lula colar em Dilma – e esta, a candidata, começa a se preparar para ir aos Estados, inclusive a Paraíba.
Qual o palanque? O de Vital, decidiram.
A REAÇÃO DO VITAL I
Em contato por telefone com o Colunista, o candidato do PMDB disse que acompanha com atenção os desdobramentos do Recurso em Brasilia, mas que prefere aguardar os desfechos da decisão final do TSE.
Mesmo assim, ele revelou ter reforçado junto ao partido e à militância maior empenho para conseguir manter a liderança da presidenta Dilma na disputa na Paraiba.
A REAÇÃO DO VITAL I
– Chegou a hora de ampliar a luta e a campanhas nas ruas em favor de Dilma – comentou ele, acrescentando que “é nestas horas de dificuldades que conhecemos quem é quem, e no caso do PMDB vamos seguir firmes e ampliar o apoio a Dilma”.
Sobre a convivência com o PT, Vital afirmou que “nunca deixaremos de estarmos de braços abertos para a luta comum abrigando todas as posições porque temos uma missão maior de fazer esta aliança construir a reeleição de Dilma e a nossa em nivel estadual porque somos quem desde o começo da campanha não abre mão do apoio à presidenta”.
ÚLTIMA
“Nada do que foi/ será…”
