{arquivo}Em tese, a disputa senatorial de 2014, teria o manequim ideal para uma perspectiva real em torno do deputado federal Luiz Couto. Mas é condição impossível de se efetivar porque Luiz deixou que o fígado conduzisse seu mandato e suas relações internas e externas ao PT e perderá a chance de ouro, que jamais voltará a se repetir nas condições de agora.
Desde quando perdeu a disputa de comando do partido para Rodrigo Soares, seu ex- pupilo, como de sorte aplicar-se-ia a Charlinton Machado, atual presidente estadual, o deputado federal mais histórico do PT partiu para a vindita, descumpriu primados e dogmas da filosofia e da política em si, preferindo aliar-se de vez ao esquema do governador Ricardo Coutinho.
Aliás, vai ser interessante até demais saber como o PT tratará essa condição na qual publicamente Couto defende RC, adversário ferrenho do partido no Estado, e como tal está construindo mais problemas para seu futuro.
É dentro deste cenário que, sem quadros alternativos mais históricos para compor a chapa do PMDB (leia-se Veneziano Vital), o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, vive o drama político a incomodá-la diante da pressão para que seu irmão, Lucélio, venha a ser o candidato ao Senado.
Em tese, ainda, projeta-se uma intuição de que é muito difícil conseguir êxito nesta parada por força até de uma projeção de melhor resultado como candidato a Deputado Federal, mesmo assim Luciano precisa refletir sobre valores muito especiais diante do cavalo selado à frente.
Primeiro, a baixíssima rejeição ao nome de Lucélio implicará em massificação de seu nome nos recantos do Estado, mas isto se dará gradativamente com o envolvimento total da campanha PMDB-PT reforçada pela influência real que jogará Lula, Dilma Rousseff, Temer e os lideres estaduais reforçando a importância da eleição do mano siamês.
É evidente que o cabeça-de-chapa da majoritária vai influir, daí a importância de se contrapor a Cássio, líder das pesquisas, porque a vitoria do senador (e aqui lembro bem a disputa de Ronaldo contra Wilson Braga em 1990) será o reforço no segundo turno de forma muito forte.
Além do mais, se reparar direito, a massificação do nome Cartaxo (Lucélio) na disputa senatorial seria o inicio da estadualização da imagem do prefeito de João Pessoa para a disputa de 2018, à qual dependendo dos próximos passos e respostas, ele poderá ser o candidato ao Governo pelo mesmo bloco de agora.
Por fim, nada é fácil, mas as condições começam a ser plantadas com adversários nem tão amedrontadores, segundo as pesquisas, podendo gerar a novidade que está por vir no processo eleitoral em curso.