As candidaturas para governador da Paraíba já estão praticamente postas. Até agora as discussões se concentram nos arranjos político-partidários, com vista à conquista de uma confortável base de apoio e tempo de propaganda gratuita nos meios de comunicação. É claro que esse pragmatismo eleitoral faz parte do processo democrático. Mas já se investiu muito nele. É hora de apresentar o que se pensa sobre os problemas do nosso Estado e, sobretudo, como resolvê-los.
A campanha eleitoral tem que ser um processo de construção com a sociedade de um exequível plano de desenvolvimento. Não há governo que possa primar pelo interesse público, se não tiver uma gestão pautada no planejamento de suas ações, na busca da eficiência, qualidade e bem-estar social. A inobservância desse mandamento contemporâneo da governabilidade tem custado muito caro aos paraibanos.
Os desafios a superar são imensos. A Paraíba vem passando por uma involução socioeconômica relativa, mesmo no contexto nordestino. O que deve ser feito, diante dessa situação? As respostas podem e devem ser definidas, à luz dos seguintes objetivos: a) reconduzir a economia estadual à posição sustentável de quarta maior do Nordeste, b) elevar a qualidade de vida local a uma da melhores da região, c) estender o desenvolvimento ao interior do Estado e d) adequar e modernizar a infraestrura da Paraíba.
É evidente que a nossa população quer sim alcançar níveis superiores de progresso. Daí o seu interesse na elaboração das ações que cabem ao próximo governo do Estado num plano de desenvolvimento da Paraíba. Isto tem que ser objeto de concepções tecnicamente competentes. Um dos aspectos mais importantes a considerar diz respeito a nossa economia, que precisa ser reestruturada, modernizada e ter um processo endógeno de crescimento. Não faz sentido, a sua atual dinâmica expansiva altamente dependente da economia pernambucana.
O que têm a dizer os nossos candidatos sobre tudo isso? O que pretendem fazer para que tenhamos um setor produtivo, moderno, diversificado e competitivo, no mundo da globalização e da sociedade do conhecimento? Não há mais espaço para pseudos soluções piegas, pautadas no argumento de que temos uma grande oferta de mão de obra disponível, a baixos salários. Nada disso! Queremos bons empregos e remunerações em atividades de avançada tecnologia e alta produtividade.
A Paraíba precisa sair da mesmice política que responde pelo seu insucesso na luta contra as causas do subdesenvolvimento. Os resultados historicamente acumulados dessa acomodação do atraso atestam que não há solução fácil. Mas uma coisa é certa, temos que aprender a pensar grande! É forçoso reconhecer que o atraso que hoje amargamos tem muito a ver com a maneira simplista de pensar pequeno.
O futuro promissor que tanto aspiramos dificilmente será obra do acaso. Temos que ter uma nova postura política comprometida com a busca racional do desenvolvimento, com base na gestão pública moderna e eficiente. A Paraíba não tem mais tempo a perder. A não ser que se queira fazer a incompreensível opção pelo atraso
