{arquivo}Faltando dois dias para a realização de encontro decisivo do Partido dos Trabalhadores na Paraiba visando definir seu rumo concreto já é possível vislumbrar alguns valores reais em curso a exigir pressa do PT na relação com o PMDB – diga-se a pré-candidatura de Veneziano Vital, por quanto a reeleição da presidenta Dilma Rousseff depende muito deste conjunto de forças unido, sob pena de enfrentar dissabores políticos e eleitorais no Estado.
As premissas evidentes são: muito do que de decidirá no próximo sábado depende da liderança inconteste do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, responsável pelos movimentos internos mais expressivos, entre eles a construção da pré-candidatura de Nadja Palitot – esta personagem importante para a costura da aliança em 2014 podendo chegar até mesmo ao sacrifício por muita necessidade da cena nacional em torno de Dilma.
A rigor, não se trata de demérito, ao contrário, quando ela se transforma em coringa de um projeto liderado por Luciano Cartaxo e o PT em si a exigir, mais do que evidencias de egoísmo, o pragmatismo de recuar para avançar em termos estratégicos de uma grande disputa já começada em nível nacional.
A necessidade de Dilma, aliás, impõe discernimento na direção de correr contra o relógio porque a demora tem se transformado em sangria política em torno de Veneziano, este somente com chances de crescer de fato tendo o apoio do Pt e de outros partidos da base aliada.
Dentro deste contexto, o PMDB precisa também contribuir fortemente com esse processo – situação essa que exige do senador Vital do Rego Filho reciprocidade total a partir dos dramas vivenciados pelo Governo Dilma no Congresso Nacional contribuindo para minimizá-lo, da mesma forma que antecipadamente precisa cosntruir o apoio do partido à reeleição de Luciano Cartaxo.
Se é assim, tem quer correr contra o relógio, antes que seja tarde demais.
A FORÇA DA QUESTÃO NACIONAL
Tanto a presidenta Dilma Rousseff quanto o prefeito Luciano Cartaxo precisam muito do resultado de outubro ou novembro deste ano porque seus adversários no plano nacional estão bem montados, ou seja, Cássio guarda um palanque de perspectiva para Aécio na mesma dimensão do governador Ricardo Coutinho faz com Eduardo Campos.
Esta cena naciona é tão forte que, ela inexistisse, não creio que seria utópico admitir que pudesse haver uma aliança entre Cássio e o PT com acordo na senatória. Isto não existirá porque a força do fator da disputa presidencial atrapalha.
O ADEUS A JEMIMA
Para o Baiano e toda a gente cultural dos Bancários
{arquivo}Deus me perdoe se estiver profano demais, mas na despedida da professor universitária e militante Jemima, vanguarda litero-cultural-carnavalesco dos Bancários, nesta quinta-feira, no Rosa do Sharon, de repente me vi numa grande seresta, um concerto em dor maior, com muitos dos amigos reverenciando seu adeus com muito canto misturado ao pranto da dor instalada.
Nem de longe, pensei comigo, que estivesse num ambiente de morte. Mestre Alcâncata, Salvador dos amores culturais da vida, embalou numa roda de cantigas memoráveis uma sintese do que fora Jemima em vida.
Não fosse a dor, o corte umbilical – sentimental para sempre, ali estava inerte uma Cidadã do mundo de valores fenomenais, posto quanto tão simples de viver intensamente a vida para seus filhos e os muitos amigos que construiu ao longo do tempo, mas comandando sua despedida alegre, como foi todo o seu despojar de militante da alegria.
Vi a camiseta do bloco amado, o chororô de Baiano, muitas amigas, amigos, familaires em pranto, o PT (embora a bandeira dele não estivesse sobre o caixão) e a saudade que começou a se instalar definitivamente nos corações de quem a amava.
A alegria enluteceu para se transferir de dominio celestial guardando a todos os que ela deixou por aqui até quando Deus quiser.
Lá se foi quem nunca queria ir.
Que Deus a receba como uma Mulher sensacional, digna, já fazendo falta na terra.
ÚLTIMA
“Naquela mesa está faltando ela
e saudade dela está doendo sim…”