Afinal, o que quer mesmo Ney Suassuna?

{arquivo}Volta e meia alguém reproduz em conversas a projeção de que o ex-senador Ney Suassuna possa vir a disputar novamente uma candidatura, ora na majoritária (Senado), ora na proporcional (Deputado federal). Isto, contudo, está longe de ser realidade pura e simples porque o próprio Ney sequer tem clareza sobre esta possibilidade.

Nesta segunda-feira, inicio de semana, ele foi ao programa da CBN João Pessoa falar de sua trajetória, de suas mágoas ainda com o Caso Sanguessuga no qual foi acusado de participar de esquema de desvios de recursos públicos mas que ao longo das investigações ele fora inocentado, mas já tinha perdido a disputa para o Senado exatamente contra Cicero Lucena – o atual senador do mandato em disputa em 2014.

O foco da candidatura em si ficou em segundo plano, ou seja, sem exposição definida sobre o que ele quer da vida política, embora argumentando ter de dar satisfações à família pois o exercício político exige presença física nas famosas bases e isso reflete no tempo dedicado aos familiares.

Argumentos à parte, Ney é dos últimos senadores o que deu demonstração também de vitalidade e atração de recursos para o Estado, entretanto, seu modelo e cultura de fazer política o faz distantes, sem grude humano, porque conceitua o fazer político como negócio, ou seja, dispondo de forte valor financeiro pode conquistar o mandato. Isso é verdadeiro, em parte, mas não vale para sempre. Ele mesmo sabe disso.

Em síntese, Ney é hoje ligado ao governador Ricardo Coutinho pela reciprocidade político-negocial entre eles, tanto que o chefe do executivo participa de ambientes particulares do ex-senador, da mesma forma que conversa com Cássio mas, em nenhuma das duas situações ele mostra clareza no quer.

Se é assim perde tempo e espaço deixando o campo ocupado por outros, sabendo que sem acordo político bem resolvido e uma bandeira de luta atraente ao gosto popular a cultura do fator econômico pode não vingar.

Trocando em miúdos, ele precisa viver o adágio popular “ou ata ou desata” porque em cima do muro não conseguirá resultado efetivo nenhum, a não ser da distancia pura e simples do que ele tanto gosta de fazer: politicar.
 

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