{arquivo}No processo de vida pública, dos que se admitem servirem ao público, se faz imprescindível identificar a formação, processo histórico e atitude de cada um dos líderes nessa conjuntura político – partidária. A tese em voga se aplica, por exemplo, num caso emblemático de investimento cultural em João Pessoa, que bem delimita a postura de alguns de nossos representantes, especificamente o governador Ricardo Coutinho e o prefeito Luciano Cartaxo.
Pois bem, ontem, 30 anos depois do governador Tarcisio Burity ter criado a Orquestra Sinfônica do Estado e o governador RC ter desestruturado esse patrimônio imaterial da Paraíba afastando antigos Músicos de reconhecimento internacional de sua estrutura, eis que o prefeito de João Pessoa consolidou em concerto especial a nova Orquestra Sinfônica, agora da Capital.
Ou seja, enquanto o governador implode a alta referência da Sinfônica estadual, o prefeito faz o inverso, ou seja, efetiva na prática uma nova estrutura musical relevante com aprovação do público, que ontem superlotou o Adro da Igreja de São Francisco, para ver pela primeira vez a Sinfônica municipal com repertório e performance de elevado nível.
A nova orquestra deixou o ambiente histórico, mesmo local onde Burity, deflagrou a formação da Sinfônica estadual, sob aplausos de pé do eclético público de todas as idades e perfil sócio – econômico provando que a sociedade comparece quando há também oferta de opção qualificada, como se deu na noite do domingo de Dezembro.
COMPARECIMENTO
Mesmo com ameaças de chuva, que chegou a interromper o Concerto por 40 minutos, o público não arredou o pé e ficou até o final da nova arrumação instrumental defronte à Igreja, depois de alguns momentos propondo-se fazer a apresentação dentro da bela e histórica Igreja.
Ao final, repetimos, o público aplaudiu de pé a nova orquestra.
A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
{arquivo}A noite de música clássica é uma invenção bem-vinda de Luciano Cartaxo e do presidente da FUNJOPE, Mauricio Burity. De hoje em diante, muitas outras igrejas vão estar sem ocupadas com repertório e músicos de nível global até porque se configura dentro do Festival Internacional de Música Clássica.
Lá atrás, ainda quando do Folia de Rua deste ano, tínhamos proposto a ocupação das igrejas no período do próprio carnaval, mas a perspicácia de Luciano (em especial de Lucélio) Cartaxo pinçou o evento para nova data e tempo de verão.
Acertaram na mosca.