A decisão do deputado federal Benjamim Maranhão de concretizar na prática um projeto solo desligando-se, completamente desvinculando-se do tio e maior líder da família e do PMDB, José Maranhão, era tudo o que o ex-governador jamais gostaria de ter enfrentado.
Não pelo componente eleitoral, que pouco deve afetar a performance de Maranhão, mas como atitude que beira a desgosto e insubordinação, do tipo criatura se voltando contra o criador em nível jamais imaginado pelo tio do deputado federal.
A rigor, ao longo dos anos não se pode subestimar a contribuição dada pelos familiares a partir de Wilma Maranhão e Carmésia, mas nenhum deles teria chegado ao tamanho posto sem que inexistisse a figura líder do ex-governador.
Quando soube da consumação do fato, da saída de Benjamim do PMDB para o partido de Paulinho da Força, Maranhão pegou seu carro, uma caminhonete, e saiu estradas afora exercitando o sentimento de reflexão e desgosto incomum, como nunca havia sentido porque a ficha caiu, agora ele precisando conviver com essa amargura até o tempo de Deus possível.
Esta é a realidade nua e crua na vida do José Targino Maranhão, que sairá dessa sem dúvida nenhuma, mas sem esconder a mágoa pro resto da vida.
Talvez, sozinho, entoe aquela canção famosa de Luiz Gonzaga, que diz “Luiz respeita Januário” – nesse caso, Beijinha não respeitou.
Dividiu a familia coisa que na prática nunca é melhor que somar.