A sociedade paraibana se deparou nesta segunda-feira, agora passada, com uma estratégia do Governo do Estado inesperada, desconhecida antes: era dia de comemorar 1.000 dias de gestão Ricardo Coutinho.
A partir da solenidade no Palácio da Redenção, o próprio governador e seus secretários foram escalados para ocupar a mídia dizendo que o Governo anda com volume incomum de obras e serviços.
O próprio governador, entretanto, fez um comentário emblemático: se diz insatisfeito com o tamanho que pretendia e não alcançou, mesmo se sentindo diante de muitas ações no Estado – segundo ele.
Chamou a atenção também a fala do vice-governador Romulo Gouveia afirmando que a maior obra do governo é a garantia de equilíbrio fiscal, mesmo ele dizendo-se animado em pontuar obras e serviços em larga escala.
A síntese é simples: o governo dispõe de uma lista de projetos executados em diversas áreas mas, ou por comunicação deficiente ou por sensação de crise continuada a dimensão de discurso não corresponde à sensação de verdade das ações na ponta produzidas nesses 1 mil dias.
A impressão é de que o Centro de Convenções, as estradas entre municípios então não conectados, hospitais em várias cidades, a Translitorânea, etc – todas obras reais – ficam aparentando ser iniciativas de ex-governadores Cássio e Maranhão, embora seja Ricardo o executor desta e outras ações. Só que, o clima de crise permanente entre ele e instituições e classe politica intui a construção de um estilo tipo abafado por conta de problemas na comunicação e de seu estilo mesmo.
Se isto procede, há algo errado na conjuntura midiática de transmissão das mensagens via campanhas publicitárias do governo, além das crises de relacionamento com vários atores da cena geral, portanto ou ele corrige toda a tática ou vai conviver com Governo acima de Regular mas com sensação de fim de gestão, pela menos na relação com setores organizados.
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“Há um lado carente dizendo que sim/
e essa vida da gente dizendo que não…”