{arquivo}O que já estava escrito nas estrelas e até mesmo nos bastidores do Poder se confirmou nesta segunda-feira, na reunião protocolar do Ministério Público Estadual: o Procurador Geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, foi ungido ao posto de nome mais votado na lista sêxtupla que desaguará, depois dos trâmites normais, na sua nomeação líquida e certa pelo governador Ricardo Coutinho para compor o quadro de desembargadores do Tribunal de Justiça.
Esta meta pode não ter a precisão da desimetria humana infalível, mas sempre foi o principal objetivo do Procurador. Precisaria, como desenvolveu com outros companheiros de construção de projeto, alterar o contexto interno do processo de disputa e escolha dos futuros Procuradores de Justiça posto que, até a fase da Procuradora Janete Ismael, não havia abrigo legal para Promotor de Justiça ascender ao posto máximo do Ministério Público.
Conheço muito de perto este processo porque o acompanho desde quando o Movimento de Renovação no MP eclodiu a partir do mandato do promotor de Justiça Alexandre César, João Arlindo, Rosana, Fred Coutinho (hoje desembargador) e o próprio Oswaldo Trigueiro, à época com apoio aberto e declarado da Procuradora de Justiça, Lúcia Faria. Era uma das poucas, se não me engano a única do Status então acima, apoiando os novos “sopros democráticos”.
Veio o tempo e com ele a ascensão indiscutível do Procurador Geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro, desenvolvendo uma ação interna arrojada, de relacionamento com o Executivo a facilitar o repasse de apoios para contribuir com sua gestão operacional, mesmo que abrandando o nível de cobranças diante dos casos públicos de governo considerados mais difíceis.
Oswaldo Trigueiro sempre foi mestre na arte de relacionar-se, tanto que conseguiu no segundo mandato na Procuradoria chegar ao ápice da representação nacional ao se eleger Presidente do Conselho Nacional dos Procuradores de Justiça – mérito seu, indiscutível, provando sua habilidade de articulador político.
Para chegar aqui, contudo, precisou desagradar ou descumprir com o pacto assumido com parte dos “Black Blocs” do passado gerando rompimento com pessoas de sua proximidade política, especialmente Alexandre César – até hoje afastado dos movimentos internos da categoria. Havia um acerto de revezamento entre eles, mas acabou que Oswaldo foi reeleito ao cargo.
Sem dúvidas nenhuma, Oswaldo Trigueiro se prepara para ascender como novo Desembargador até porque o Exmo Sr. Governador tem por ele estima e admiração, por isso está consolidada a nova fase de composição do Tribunal de Justiça.
A LISTA
A relação está formada pelo atual procurador-geral de Justiça, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho, eleito com seis dos seis votos possíveis; pelo procurador de Justiça, Marcus Villar Souto Maior, com cinco votos; e os promotores de Justiça, Aldenor de Medeiros Batista, Fernando Antônio Ferreira de Andrade, Manoel Pereira de Alencar e Rogério Rodrigues Lucas de Oliveira, todos empatados com quatro votos cada um.
SEM A WSCOM…
Lembro-me como se fosse hoje. Era tarde, no Cassino da Lagoa quando o grupo de Promotores do Movimento de Renovação no Ministério Público se debatia triste, desanimado e sem perspectiva porque soubera de uma iniciativa da Procuradora de Justiça, Janete Ismael, já articulada com o presidente da Assembléia Legislativa, Artur Cunha Lima, e demais lideres partidarios para aprovar um projeto-de-sei determinando que o cargo maior do Ministério Público só poderia ser exercido por Procurador de Justiça.
São 21 Procuradores e 298 Promotores de Justiça.
Diante do relato, sem que nenhum deles pedisse sai do Cassino fui ao computador e produzi a Coluna fatal que mudou o rumo da votação levando a Assembléia a admitir na proposta que Promotor de Justiça pudesse comandar o Ministério Público Estadual.
Doutor Oswaldo sabe disse, mas esqueceu cedo ao longo de seu mandato de Procurador Geral de Justiça.
AMEAÇAS NÃO VÃO ME CALAR
Ando sob efeitos de uma ação bandida e nefasta de alguém que mandou arrombar a porta principal de meu apartamento e até hoje não identifiquei nenhum sumiço.
Lamento muito o clima e a intenção criadas, mas nada nos afastará – exceto a voz divina, do principio básico de ser decente e plural acatando posições diferentes, mas adotando a conduta retilinia na produção de uma Comunicação versátil, plural e ética.
Com a proteção de Deus, vamos seguir o caminho e avançar.
ÚLTIMA
“Cada um dá o que tem…”