{arquivo}Um apresentador famoso nos liga e informa – “vamos passar uns dias sem o programa porque a empresa está com forte redução de custos; não sei quando voltaremos”. Minutos antes, outro “bam-bam-bam” da Propaganda entre Recife – Brasília e São Paulo nos revelava: “cara, precisamos afastar 16 pessoas dos nossos quadros porque os contratos estão se encerrando sem renovação”. Parecia coisa combinada e não era: outro empresário famoso daqui (da Capitania Tabajara de Itamaracá): “não teve jeito, vamos precisar conviver com demissões no mercado”.
Sem tirar nem por, esta é a realidade nua e crua do mercado de comunicação no Pais, onde grandes jornais como o JB, O NORTE, Diário da Noticia, por exemplo, já não existem e, em termos de Impressos, a Abril acaba de fechar 5 revistas devendo também se desfazer da Playboy (ex-lider da empresa), assim como Folha, Estadão e os veículos da Paraiba anuncia redução de custos e nesse bojo a parte mais dolorosa, o humano.
Sabemos na pele o quanto custa fazer comunicação empresarial de valor ainda mais quando se tem simbolos como Ética conduzindo o processo. Mesmo os “descomprometidos éticos” , ainda assim volta e meia reclamam porque os anunciantes estão tomando Doril, sumindo mesmo com a impressão de estarem vivos.
Damos um exemplo claro, cristalino: a Revista NORDESTE até dezembro de 2012 dispunha de 5 Páginas da HUYNDAI em suas edições. De janeiro para cá uma só vez, de Página Dupla, e fim e ai – como se diz lá na Torre.
Na prática, os anunciantes em sua maioria têm reduzido porque há retração de vendas em muitos setores. Pior: o ingresso de recursos de governo depende do humor de plantão e do nivel de comprometimento que se cobra.
No caso da Paraíba e de estados como Pernambuco, os grandes veículos – à exceção da Globo, Record – não significa as outras mídias, não conseguem sobreviver sem aporte do dinheiro dos Governos, especialmente o do Estado – grande mantenedor da sobrevivência dos veículos daí a dependência fatal desses Poderes no trato das grandes denuncias e fatos.
Para completar, as Prefeituras de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, etc somente nos últimos dias “estartaram” seus processos de Licitação implicando em dizer que só a partir de Outubro é que se verá o dinheiro dessas instâncias que a dados de hoje vivem como “orelha de freira” – ninguém vê, ninguém viu, exceto campanhas ali ou acolá pontuais. Mesmo assim são volumes muito aquém da fome de anteontem reinante na república federativa da Paraiba.
Até o Governo, mais recauchutado andou precisando reduzir a grana e quando isso acontece quem paga a conta é a Comunicação, os veículos e profissionais.
Este é o cenário do qual vão escapar com dignidade e pujança os poucos Heróis da briga pelo bolo que não comporta tanta boca em busca de seu pedacinho.
O fato é que a luta é grande e precisamos superar as adversidades – os muitos encargos, insuportáveis para viver empresarialmente com dignidade – porque, se tudo não fosse tanto Deus ajuda a quem cedo madruga.
