{arquivo}O cenário político da Paraiba registra um fato inusitado envolvendo o presidente estadual do PMDB, também ex-governador José Maranhão, e seus familiares mais próximos da parte de Araruna – leia-se Wilma, Carmésia(irmãs), Benjamin, Olenka e Magda (sobrinhos) – como nunca se imaginava acontecer no nível da atual crise existente com direito a boicote, a exemplo do registrado neste mesmo domingo, ao se ausentarem da eleição do Diretório Municipal de João Pessoa comandada pelo também ex-senador.
Tem mais: durante a convenção na Capital, a prefeita Wilma Maranhão mandou recado curto e grosso informando da decisão de não aceitar o encontro do partido em torno do pré-candidato Veneziano Vital na cidade de Araruna, como programado anteriormente. Ato contínuo, a cúpula pemedebista transferiu a reunião para Catolé do Rocha.
A crise, na verdade, começou a partir da nova composição do diretório de João Pessoa, onde o deputado federal Benjamim Maranhão era presidente da Comissão Provisória e pleiteava se manter no cargo. Diante da movimentação partidária entre os demais membros do partido exigindo renovação, o ex-governador acabou cedendo às pressões construindo um processo desaguando na eleição do deputado federal Manoel Junior.
Mas foi por conta deste cenário na Capital, a oportunidade para surgimento pela primeira vez de um posicionamento divergente do deputado federal Benjamim, sobrinho do ex-governador e do atual presidente estadual, por conta das projeções e possibilidade de candidatura de Maranhão ao Senado ou até mesmo Câmara Federal, neste ultimo caso desagradando a Beijinha – como também é tratado o parlamentar, pela decisão de insistir em ser candidato à reeleição.
A prefeita de Araruna, Wilma Maranhao, também irmã do ex-governador e mais importante estrategista da família na região de Araruna, não gostou da idéia de ver o filho fora do comando do partido e com riscos reais de não ser candidato à reeleição diante da hipótese do irmão – tirar a chance de Benjamim.
Três pesos pesados comentaram a existência de outros fatores, sobretudo depois da nova relação de vida particular do ex-governador tirando de suas irmãs a prevalência de comando das coisas políticas de Maranhão.
Seja como for, o fato revela muita preocupação por conta da radicalidade de posição não se sabendo onde chegará no futuro esse contexto de crise, mas sem duvidas nenhuma, todos perdem nesse processo de enfrentamento incompreensível e contra-producente, sobretudo pela contestação ao mais importante líder da família, exatamente no momento de sua fase política sem mandato.
