{arquivo}Tarcisio de Miranda Burity, ex-governador e um dos paraibanos mais cultos que conheci, costumava dizer que entrou na política pelas mãos dos amigos e mantinha-se nela (a política) por conta dos inimigos. A máxima “burityana” não se aplica ao prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, pessoa a acumular quase nenhum inimigo, embora existam muitos às escondidas querendo lhe jogar praga de mau êxito numa gestão de seis meses e de muito resultado.
Passada já a metade de um ano de muita inovação, a partir dos protestos de rua recém registrados, podemos afirmar que fez bem à cidade de João Pessoa manter o ritmo de um processo iniciado pelo então prefeito Ricardo Coutinho sequenciado pelo planejador Luciano Agra, agora nas mãos do primeiro petista a governar a capital do Estado.
Cada um dos três nomes tem perfil próprio, mas a dados de hoje precisamos entender mais e melhor o legado de Luciano Cartaxo a começar pela condição de reconhecimento ao seu antecessor mantendo uma boa parte dos Secretários e dos cargos comissionados com DNA Agra. Em política de aliança é assim que se faz.
Em que pese o respeito gradativo e proporcional aos demais aliados, já é possível admitir que o prefeito precisará fazer alguns ajustes na equipe porque é visível a falta de desempenho à altura de alguns auxiliares de primeiro escalão sem contar outros de segundo escalão sem produção devida para tocar as reformas iniciadas lá atrás.
Luciano Cartaxo precisa e vai manter o grau de respeito e parceria política com Agra e outros aliados, entretanto, seu Governo pode se comprometer muito em breve se continuar a inoperância em áreas identificadas pela inexistência de ações para conhecimento público.
Se isto é verdade, não tem outro caminho, senão trocar as peças necessárias sem precisar descartar de vez as figuras substituídas, que podem dar certo em outras missões, portanto, está chegando a hora da onça beber água, ou seja, ou assume a recomposição do time respeitando pactos e alianças ou pode enfrentar dissabores piores mais na frente.
A dados de hoje, Luciano Cartaxo trabalha com postura de águia e de Fórmula 1, enquanto parte de seus auxiliares parece tartarugas de um processo sócio-administrativo onde as vozes roucas das ruas precisam ser respeitadas com resultados concretos.
O prefeito já deu demonstração de ética, capacidade e zelo político, mas em gestão tem de agir até trocando peças quando necessárias.
INUSITADO
Repercute especialmente o acaso do encontro entre os advogados Roosevelt Vitta e Solon Benevides, nesta terça-feira, no Classic, em João Pessoa.
Antigos olhares expositores de ódio se transformaram em abrigo de respeito e amenidade com direito a cumprimento efusivo.
Como se diz lá na Torre, quando um não quer dois não brigam. Viva lá democracia!
