{arquivo}Semana nova, novo contexto e outras convivências, mesmo com os fatos marcantes do tempo recém – findo sem querer se apagar, como se deu no caso de Curto-circuito propalado e não desmentido entre o senador Cássio Cunha Lima e o vice-governador Rômulo Gouveia quando da inauguração do novo espaço do Ministério Público em Campina Grande levando o nome do governador Ronaldo Cunha Lima. Ainda hoje ressoa e, nos bastidores, fortemente.
Quem conhece de cor e salteado a cena política paraibana sabe da afinidade entre os dois construída, primeiro quando da proximidade com Dona Glória Cunha Lima sequenciada pelo envolvimento com Ronaldo estendendo-se a Cássio, mas tem informações também que, de uns tempos para cá, Rômulo resolveu assumir um caminho com ares de carreira solo, de domínio próprio do seu espaço político.
Na prática, para o bom português compreensível sem intérpretes, o projeto de candidatura de Rômulo Gouveia ao Senado Federal da forma em que tem sido construído destoa do que quer e pensa o senador Cássio, tanto é assim que a inclusão de Rômulo na composição da Majoritária em 2014 não entra como parte dos Cunha Lima.
É este “desapego umbilical político extremado” ao “cunhalismo” que faz o vice-governador ser hoje agente mais próximo dos passos do governador Ricardo na perspectiva de poder sobreviver como candidato em potencial ao Senado, tanto que na homenagem a Ronaldo quem esteve representando o Executivo, mesmo sem merecer loas e boas do senador, foi exatamente Rômulo.
Certamente que os dois dispõem de relacionamento a preservar minimamente mas, em termos de projeção de futuro em 2014 vamos cada vez mais perceber que Cássio e Rômulo podem até estar no mesmo palanque, menos da forma de antes – de dependência quase total ao ex-governador.
Coisas da vida, choque de opiniões – como diz a canção de Roberto.

