A superação do Brasil, as vaias (e palmas) a Dilma e a outra torcida

{arquivo}Há dias que, antes da estréia da Seleção Brasileira, a Grande Midia só expunha dúvidas sobre o desempenho do time comandado por Felipe Scolari. Veio a partida e, como estava entre os prognósticos, o Brasil estreou com vitória maiúscula afastando o fantasma da derrota e do agouro. Mas, setores da Mídia e, sobretudo, parte da classe Média para cima, aproveitou-se do jogo do Brasil para outra farra, ou seja, dar valor em tom super – relevante à vaia da torcida no Estádio Mané Garrincha ao presidente da FIFA e, especialmente, à presidenta Dilma Rousseff. Para essa gente foi a glória, mesmo não querendo admitir que em outra escala houve também palmas.

Terminado o jogo, as manchetes dos principais Portais ligados aos setores da Midia anti-PT não deram a dimensão da vitória do Brasil, nem o gol espetacular de Neymar, mas sim ao aspecto da vaia já vinculando, como se deu no UOL, ao fator político – partidário trazendo em manchete, ao invés da grande estréia, uma declaração de Duda Mendonça considerando que Dilma corre riscos numa hipótese de segundo turno nas eleições presidenciais.

Para início de conversa, vamos por os pontos nos iis a partir de um dado concreto: houve, sim, vaias à presidente, tanto quanto uma resistência em outra escala de palmas. Isto é indiscutível, mas tem muitos outros valores em torno do Estádio de Brasília, do desempenho da Seleção com a presença da Dilma diante de outro elemento comprovado: todos os estádios do País, anteriormente tratados como sem condições de serem entregues no tempo certo para a Copa, abrigam uma beleza de estrutura nunca vista.

Bom, como não há como atacar a capacidade de gestão e de resultados consolidados pelo Governo Federal restou “estimular” grupos de jovens estudantes ao protesto gerando confrontos desnecessários em face da inexistência em tese de algum descaso ou desatenção direto para com os grandes e graves debates estruturais do Pais. Mas a manifestação quis ser contra – e este exercício político juvenil é muito importante, mas sem argumento / mote na mesma proporção do que se deu em São Paulo.

UM PÚBLICO DISTINTO

Há que ser dito, ainda, que o cenário do Estádio Mané Garrincha tinha todos os contornos presumidos de possibilidade de vaia porque nele estavam em sua grande maioria os brasileiros que podem pagar de R$ 400 a R$ 1.000,00 por um ingresso num jogo de futebol, sem deixar de levar conta também que em parte traduz setores inconformados com a política salarial de reajuste à base da inflação, diferentemente de outros tempos em que tinham poderes para aplicar percentuais muito acima das demais categorias de trabalhadores.

São os bem tratados Servidores Públicos Federais sediados na Capital Federal.

DIANTE DE OUTRO FAZEDOR

{arquivo}Isto é tanto forte que, só para se fazer um paralelo,  quando Dilma inaugurou a Arena do Maracanã e de Pernambuco com a presença maciça dos trabalhadores que construiram a Obra, ela foi aplaudida de pé. Em São Lourenço da Mata (PE), onde estive acompanhando de perto, foram várias as vezes dos aplausos.

Ora, num ambiente desses, uma vaiazinha ou vaiazona até que cai bem porque esta também é a cultura de nossa gente, intolerante com essa historia de político ou autoridade pegar carona em grandes eventos. Lula, o mais importante presidente das ultimas décadas, que o diga no Panamericano – estimulado pela claque do ex-prefeito César Maia.

CAMPANHA PRECOCE COMO CAUSA

O fato é que a deflagração antecipada do processo sucessório aguçou de uns tempos para cá a manifestação de setores da classe média alta contra o PT e o significado disso representado em Dilma.

Para se ter uma idéia, vinha vindo ouvindo os comentários da CBN pós-jogo quando um jovem narrador diz com todas as letras: “o melhor do jogo foram as vaias para tirar a presidente da zona de conforto, acabar com essa mania de festejar 60, 70 e tantos por cento de aprovação, porque a pesquisa verdadeira foi a do estádio”. E nem pensei que estava diante de um torcedor de política contra, ao invés de comentarista esportivo, que não se segurou na torcida.

Diante disso e tantas outras manifestações, algumas até paranóicas, certamente que estamos diante de uma conjuntura de muito enfrentamento ainda sem a participação da grande maioria dos brasileiros – estes certamente sem condições de entrar em nenhuma das Arenas construídas com dinheiro do BNDES e aval da presidente Dilma.

Mas, o mais importante foi a vitória do time de Scolari jogando um bolão e resgatando sua relação com os torcedores – técnicos do Brasil.

Só que setores da Midia – ah vamos tratando a Midia pelo prisma de seus amores e intrigas, como de sorte sempre há de haver porque em parte é feita de gente, especialmente dos que detestam ver pessoas comuns ascenderem na vida com dignidade.

A VENEZUELIZAÇÃO DA SUCESSÃO NO BRASIL

Os movimentos populares registrados em diversos estados do País, mesmo com toda a consequência nefasta registrada, nem de longe significa descontrole da ordem social embora seja imperativo construir diálogos urgentes com quem de direito, em especial a representação estudantil porque o caminho passa pelo entendimento.

Mas, pelo que escuto e leio nas Redes Sociais, as manifestações parecem estar longe de estancar. Será, então, preciso estudar e acompanhar causas e efeitos dos movimentos porque não será coisa de outro mundo admitir que setores contrários ao Governo com apoio do capital internacional passe a fomentar tais movimentos para criar clima de confronto tal qual existe hoje em Caracas – Venezuela.

Deus nos livre dessa possibilidade, mas o sentimento anti-PT nutrido por setores da midia e da classe média alta pode chegar a esse estágio porque não admitem ver um País continental administrado por correntes socialistas – nem mais marxistas, faz tempo, porque convivem bem com o Capital.

Em sintese, em qualquer situação, vislumbro como possivel o fomento do enfrentamento fisico pelos inimigos do PT. Só que o Brasil é formado por gente guerreira, trabalhadora e de bom senso, capaz de distingur quem é quem no processo.

ÚLTIMA

Vamos precisar de todo mundo/

pra banir do mundo a opressão…”

 

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