Faltar com a verdade passou a ser mania de muita gente. Alguns por que isso faz parte da sua personalidade, é o mentiroso contumaz, compulsivo. Outros porque fazem da construção de inverdades um meio de fomentar discórdias, produzir conceitos errados de pessoas ou fatos, alimentar conflitos de interesses.
Lamentável quando isso acontece por profissionais da imprensa que usam do seu talento e dos seus espaços na mídia para se colocarem a serviço de poderosos, seja da política, seja dos que integram o império da economia. São os escribas da cizânia. Os promotores das falsas informações, objetivando desconstruir ou macular imagens, são mestres na arte de inventar estórias e elaborar factóides, tudo em nome da subserviência a quem lhes remunera para tal ofício.
Ainda bem que há um ditado popular muito conhecido que diz: “mentira tem pernas curtas”. São flagrados na incorrência da injúria, da difamação, da calúnia, atitudes que nascem da mentira. E com isso perdem credibilidade. O respeito que lhes poderia ser devotado em razão da capacidade de escrever e/ou se comunicar bem, fica prejudicado pelo recorrente descompromisso com a verdade, princípio fundamental do exercício do bom jornalismo.
O que nos deixa mais tranqüilos é que esse comportamento não é regra geral, é exceção. São poucos os que vendem sua consciência e sua postura de integridade na emissão de informações desprovidas de verdade e que passam a ser de domínio público.
Embora não causem os efeitos que intentam, incitam a maledicência, principalmente dos que vivem na ansiedade de se posicionarem contra os corretos, os justos e os bem intencionados. Eles são intérpretes dos que têm medo da concorrência leal e partem para o jogo baixo.
Mas como o povo sabe distinguir o mentiroso quando ele se manifesta, cai logo cedo no campo da desmoralização, mesmo porque prevalece a máxima popular “mentira tem pernas curtas”.
* Integra a coletânea de textos que intitulei “REFLETINDO A SABEDORIA POPULAR (ditados e provérbios)”

