{arquivo}BRASILIA – Mesmo à distância nesta quinta-feira deu para perceber que o governador Ricardo Coutinho reagiu forte ao que considera posição oposicionista da Assembléia Legislativa diante das derrotas do Executivo em Plenário nesta semana mas, como foco central de agora, antes mesmo de chegar à crise entre Poderes, estamos precisando encarar pela primeira vez a necessidade de levar Saúde vastamente aos mais longínquos rincões com a nova medida adotada pelo Governo Federal de abrigar médicos estrangeiros atuando em nossa sociedade.
Pelo tom do Conselho Regional de Medicina, como de sorte de todos os organismos representativos dos médicos, deu para perceber que há uma reação contrária e forte do setor, mas já não dá para tratar da falta de médicos nos pequenos municípios pela ótica da reserva de mercado.
Ora, o Brasil – e a Paraíba está neste contexto – vive um déficit de 146 mil médicos. Segundo estudos, a média idela da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 3,5 médicos por cada mil habitantes, entretanto no Brasil a taxa fica em 1,8 médico.
Se isto é verdadeiro e secularmente o Brasil, especialmente o Nordeste e a Paraiba, não vislumbra nenhuma solução para levar o profissional médico à cidade mais distante, certamente que se faz indispensável construir alternativa já, nos próximos tempos, porque não podemos esperar mais pelos profissionais a serem formados nas Faculdades sabendo de antemão que a maioria não trabalhará nas pequenas cidades.
Há de se encarar princípios para não continuarmos punindo as populações mais carentes porque a vida como fator mais importante do significado humano há anos que carece e espera por uma solução à altura das necessidades populacionais.
Os médicos, comumente contra, misturam o debate com a questão cubana como a querer depreciar o nível da medicina praticada por Cuba, que ao contrário é elevada, entretanto, precisamos superar esse preconceito absurdo porque se eles têm condições de se incorporarem a uma nova realidade de solução para a saúde popular do País não vamos manter a repulsa pela visão e postura de reserva de mercado.
Tem mais: não são só cubanos. Há possibilidade real de serem portugueses, espanhóis, etc, dentro de regras exigentes – especificas para fins de atendimento às populações distantes, portanto, pela primeira vez considero a posição dos médicos em desalinho com a necessidade do País e da Paraiba, portanto, a hora é esta de encarar o preconceito e, como disse, a reserva de mercado.
O povo precisa ser prioridade, mesmo diante da importância fundamental dos médicos, inclusive os estrangeiros bem adequados à nossa realidade.
ÚLTIMA
“A barriga não espera…”
