A eleição da Venezuela e o futuro da Refinaria em Pernambuco

{arquivo}Nem vou mais entrar em análises sobre meandros da Cobertura da Grande Midia internacional sobre a eleição presidencial na Venezuela porque é “ chover no molhado” de um trabalho manipulador e escancaradamente contra a possibilidade real de vitória do candidato Nicolas Maduro, herdeiro do Chavismo, mas quando as urnas forem fechadas e o resultado proclamado em favor da situação vigente, uma pauta do futuro Governo precisará entrar com prioridade em termos de relações internacionais com o Brasil, que é arrastado processo de participação da estatal PDVSA na refinaria Abreu e Lima, no litoral sul de Pernambuco.

Aliás, há anos que a Petrobras enfrenta problemas com a falta de posicionamento do governo da Venezuela, tanto que, conforme levantamentos, o último dos prazos estourados pela venezuelana para entrada no negócio foi em novembro de 2012. Inicialmente, o projeto estava previsto para ser concluído no final de 2010, mas agora deve ficar pronto apenas em novembro de 2014”.

Na verdade, para entrar na sociedade, conforme vem sendo negociado desde 2005, a PDVSA precisa assumir 40% da dívida de R$ 10 bilhões (valor original), referente a empréstimo levantado pela Petrobras no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para tocar a primeira fase das obras.

Precisa também repassar à estatal brasileira 40% de tudo que ela já investiu com recursos próprios e ainda estabelecer um cronograma de desembolso para a continuidade dos trabalhos.

“O acordo entre as empresas vem sendo arrastado há anos, mas aparentemente o governo brasileiro tem a intenção de buscar essa parceria, porém ainda é muito difícil estimar se o fim de Hugo Chávez pode acelerar esse processo”, pondera a analista Cássia Inez.

Como se sabe, a refinaria Abreu e Lima é um dos grandes projetos da Petrobras, mas a questão merece atenção especial, principalmente pelo ônus do projeto parado e a crítica situação da estatal quanto a sua capacidade de refino.

O fato é que o futuro presidente da Venezuela, sucessor de Chavez, precisará de um encaminhamento definitivo porque o Brasil, a Petrobras e Pernambuco não podem viver esperando por uma decisão da PDVSA.

DETALHE DA CAMPANHA

Está estampado nos jornais da Venezuela: Quando o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva apareceu em um vídeo recente apoiando o candidato chavista nas eleições venezuelanas foi acusado de ingerência na política do país vizinho – repetindo episódio semelhelhante ocorrido dez anos atrás.

No fim de 2002, o petista eleito mas ainda não empossado presidente do Brasil pediu a seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, que enviasse de emergência para a Venezuela um navio carregado de gasolina. O objetivo era evitar o colapso da economia do país caribenho.

ÚLTIMA

“Amigo é coisa pra se guardar/
do lado esquerdo do peito…”

 

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