O poderio de RC no embalo à lá Maranhão

O governador Ricardo Coutinho acaba de anunciar 39 prefeituras em favor de sua reeleição, depois que recebeu a adesão do prefeito de Taperoá, na sequência depois de garantir o mesmo sentido do prefeito de Sumé. Na base desses acordos, mesmo fora de época do processo eleitoral, estão as promessas e repasses de recursos para as prefeituras.

Ricardo chega ao meio do seu mandato com a força do que já significou Wilson Braga, Efraim Morais, José Maranhão, recentemente, ou seja, com forte apoio dos prefeitos do Interior do Estado. Todos ainda se lembram quando o líder do PMDB chegou à disputa de 2010 com a Paraiba fechada com ele, menos o povo – como se viu.

Desses lideres, Maranhão teve fôlego nas médias e grandes cidades, através do PMDB e de seu prestigio popular mas, certamente poucos tiveram como Ricardo Coutinho a hegemonia de grandes metrópoles a exemplo de João Pessoa depois modificada na fase seguinte.

Se tomar por base a ultima eleição, o governador perdeu feio no seu principal reduto e, se ainda for computado, Campina, Patos, Sousa, Cajazeiras ele fica minguado porque são bases onde quem manda são outras personalidades políticas.

A impressão é que, com base nas obras e estradas deixadas por Cássio e Maranhão, da mesma forma que o Centro de Convenções e a adutora até Araçagi, o governador mesmo abarrotado de muito dinheiro ainda não carimbou uma obra expressiva de sua lavra em nenhuma parte do Estado, exceto o que já se sabe.

Deva-se a ele a ação de executar o que foi deixado por outros – e isto é mérito.

Se depender da TV e do Rádio, enfim a Paraiba chegou ao Paraiso. Tudo o que é de bom tem para dar e vender. Tudo isso no vídeo e no VT porque na prática, na realidade nua e crua, somos uma sociedade ainda marchando no mesmo diapasão de sempre: intrigas e pouca capacidade de superação do estágio sócio – econômico até porque, no caso de Ricardo, lhe falta um projeto como prometido de fazer 40 anos em 4. Discurso tem daqui até na ONU, mas de concreto mesmo, espremendo, medindo, pesado – só promessas de um futuro do bem-virá, sabe Deus quando.

Mas, como já foi dito, ele hoje é um Wilson Braga do passado – forte no Interior, mas sem a cancha que construiu outrora atraindo um rebanho de inocentes úteis à sua disposição para construir um castelo que, ao passar do tempo, já se registram fases e fases de desmonte da areia fina.

Só que, sem Oposição forte – mesmo com os ensaios de Vené e Luciano Agra, ele anda de melé solto parecendo aquele pássaro do desenho “Pibit” – até que um dia possa ser que esteja na Serra da Borborema o entrave de tudo.Pode ser, embora hoje ainda não seja porque é preciso combinar com os russos.

Em síntese, Ricardo é um líder forte no Interior, em fase decrescente nos grandes centros, portanto, se consolida na atual fase da sucessão dependente de Cássio Cunha Lima e de outras circunstâncias, inclusive a cena nacional.

Luiz Couto vai ficar com ele na hipótese de Eduardo Campos, candidato a presidente?

Muita água ainda há de rolar.

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“Esse filme/ eu já vi…”
 

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