A desconstrução do governador Eduardo “faz tudo sozinho”

{arquivo}O primeiro encontro entre a Presidenta da República, Dilma Rousseff, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, na agenda desenvolvida em Serra Talhada  depois da pre-candidatura do lider do PSB aparentou clima de cordialidade entre às partes, mas serviu para sinalizações sobre como o Governo Federal passa a tratar, de agora em diante, os grandes investimentos do Governo Eduardo querendo como que pontuar o tamanho de cada um dos Poderes (Federal e Estadual) tentando enquadrá-lo dentro do conceito de que a maioria das obras relevantes somente aconteceu por conta da anuência da União.

Na prática, como tradução, quando a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse com todas as letras que investimentos como da FIAT só foram concretizados por conta da decisão do Governo Federal implica em dizer que, embora o governador diga aos quatro cantos ser o mentor da grande obra, pela ótica do Governo sem Dilma avalizando nada aconteceria.

Como registraram os principais veículos, em discurso eminentemente político, Miriam lembrou que “foi graças a um esforço federal com a isenção tributária de R$ 4,5 bilhões, e um apoio financeiro de R$ 5,5 bilhões, que a montadora Fiat se definiu pela instalação de sua fábrica em Goiana, região da mata norte pernambucana”.

Aliás, ela manteve o mesmo tom quando do anúncio nesta segunda-feira de que o governo Dilma Rousseff patrocinará a construção do Arco Metropolitano, desafogando o trânsito na BR-101 Sul, reproduzindo o mesmo conceito “Essa obra vai facilitar o acesso para a Fiat, uma negociação do governo federal. O governo federal garantiu incentivo tributário de 4,5 bilhões e financeiro de 5,5 bilhões, atuando numa parceria forte para garantir investimentos de infraestrutura”, declarou a ministra.

Também com registro da Mídia, nesse momento da Ministra a presidente Dilma sorria e acenava aos presentes.

Como se sabe, a paternidade pela instalação da Fiat em Pernambuco foi ponto de forte disputa durante a eleição de 2012 quando o senador Humberto Costa (PT) concorreu com o prefeito Geraldo Julio (PSB). Os dois no Horário Eleitoral detalhar sua participação na negociação que culminou com a decisão da empresa italiana no Estado.

Em síntese, o tom do recado foi dado e deve ser o mote de agora em diante no trato das vultosas obras de Pernambuco, como que arrefecer o ímpeto do governador Eduardo Campos expondo ações de sua autoria, mas agora tendo o Governo Federal assumindo a paternidade do saldo posto.

Agora é esperar e saber como reagirá o governador, cada vez mais pré-candidato a Presidência da República.

Lá no bairro da Torre, alguém logo diria: “para um bom entendedor poucas palavras bastam”.

RICARDO REAGE A RUY CARNEIRO

O governador Ricardo Coutinho desconversou e não deu muita trela aos comentários do deputado federal Ruy Carneiro sobre iniciativa do PSDB de procurar o STF para averiguar a elegibilidade do senador Cássio Cunha Lima. RC acha que o parlamentar fala sem abrigo das demais lideranças tucanas. Tanto que afirmou:

– Eu acho que talvez o senador [confundiu-se], ou, o deputado Ruy Carneiro não fale pelo partido. Eu já vi esse filme antes, mas cada um que fale o que bem entender. Na verdade, o governo vai bem, inaugura coisas, inicia outras e eu só vou falar de eleição em 2014. O que eu quero é trabalho”, disse Ricardo Coutinho.

Neste caso, o da consulta, o governador se equivoca porque ela será feita.

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