{arquivo}A decisão da Presidenta Dilma Rousseff de vetar a essência do novo projeto de distribuição de Royalties no Brasil a partir do Pré-Sal – em face da matéria aprovada pelo Congresso Nacional – prova mais uma vez que o País está fadado a viver anos e anos de desigualdades porque os estados Ricos, a partir do Sudeste, não se cansam de tratar mal sobretudo o Nordeste.
Desta feita, a decisão mineiro-gaúcha da presidenta chegou a ir mais longe afetando a maioria dos Estados e Municipios que teriam com a nova partilha meios de construir a redução das desigualdades regionais e, mais do que isso, melhorar o nível de vida das pessoas a partir de um investimento maior na educação.
A lógica da presidenta tem a ver com seu entorno, forjado por gaúchos, catarinenses, paranaenses que poucos sabem ou se importam sobre o que se passa abaixo da linha do Equador, cuja miopia se reveste de compromissos com os estados mais aquinhoados ao longo de nossa história.
A postura da Presidenta lhe faz distante e descomprometida com as necessidades urgentes do povo nordestino – que sempre produziu um compromisso de apoio ao seu significado mas que, em horas decisivas como agora, no Pré-Sal ela dá as costas à quem tanto contribuiu para sua ascensão.
Se reparar direito, esta decisão de agora lembra a fase dos idos anos 1910, quando do processo de industrialização do Brasil levando o Governo Federal a destinar 80% dos investimentos no Sudeste – 44% em São Paulo – gerando com isso as desigualdades conhecidas porque a concentração de renda se dá entre São Paulo, Rio e vizinhos.
Dilma não honra com o mesmo vinculo dado por Lula na relação de construir um Brasil menos desigual ao colocar o Pré-Sal distante do Nordeste, dos que não são poderosamente do Sudeste.
E isto não tem ranço nem cultura separatista, negativo! Porque se traduz mesmo é numa atitude inaceitável quando o País bem poderia construir uma nova fase na sua historia.
Cadê o Federalismo, a forma igual de tratar a todos os entes federados do País?
Casos como este, acendem a chama em torno de Pernambuco na direção de 2014, podem anotar.
O Nordeste precisa reagir.
CHAPA QUENTE
Tem gente que admite a hipótese de Ronaldinho Cunha Lima ser candidato ao governo, se Cássio não poder sê-lo com Luciano Agra na vice.
Coisa de bar, por enquanto.