{arquivo}De repente, quando menos se esperava o governo do Estado opera a ascensão da jornalista Estelizabel Bezerra na Comunicação em ato continuo tirando a ex-titular da Pasta, Tatiana Domiciano para a CINEP, depois que Margareth Bezerra deixou a Paraiba para comandar as ações no Addiper – a estruturas de desenvolvimento de Pernambuco.
Se reparar bem, não houve muita novidade dado a formação e estilo da nova Secretária de Comunicação, pessoa ideologicamente siamesa do governador, mais do que Tatiana então tarefeira exemplar, diferente da nova titular.
Mais do que oferecer meios de exposição e conquista política particular de Estelizabel, o remanejamento implica em dizer que o governador tem agora uma articuladora ideológica à sua maneira e com prestigio para tudo porque ela, no conceito de Ricardo, passou no teste de defender cegamente o projeto ricardista.
Mas, em que a normalidade, será indispensável entender como Estelizabel vai conviver com o conjunto da sociedade , entre ele o cenário de veículos de comunicação e profissionais não alinhados com seu projeto.
O fato é que Estelizabel é a figura exponencial na política de comunicação decidida a jogar o jogo de sua Excelência de colocar na peneira quem será ou não seus aliados.
O absurdo em torno de Zé Dirceu
O Jornal Nacional, principal programa de jornalismo da TV brasileira, veiculou nesta terça-feira extensa entrevista com o ex-auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) Cyonil da Cunha Borges afirmando que Paulo Rodrigues Vieira, o ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas), usou o nome do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu ao oferecer propina.
Como se sabe, Cyonil foi o delator do esquema que originou a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal. Na entrevista, ele disse que Vieira o convidou para participar de um aniversário do ex-ministro e citou o nome do petista em uma folha de papel ao oferecer a propina.
Ele conta ter recebido uma oferta de R$ 300 mil de Vieira para fazer um relatório favorável à Tecondi, empresa de contêineres que opera em Santos.
A síntese de tudo é que a Grande Midia insiste em cumprir com procedimento execratório inadmissível porque atrelar mazelas ao ex—ministro é cumprir com acertos de outra natureza, nunca de realidade pura, nua e crua.
Tanto neste caso, quanto em inúmeros outros servidos para banir – ou tentar – tirar Zé Dirceu da cena política nacional, fica evidente que há de fato uma estratégia permanente para desqualificar o PT, o ex-presidente Lula e figuras relevantes da esquerda brasileira, a exemplo de Zé Dirceu posto que, não fosse a armação do Mensalao ele estaria hoje na presidência da República.
Em desvantagem, Dirceu não cede, se defende e anuncia Caravana para provar sua inocência.
