{arquivo}Ao longo dos últimos anos, chama a atenção a forma virulenta e implacável com que grandes veículos de Comunicação tratam o ex-Ministro José Dirceu com insistente tentativa de impingir a ele a condição de desonesto e chefe de quadrilha. São incontáveis os casos, todos eles gerando ao final a conclusão de inocência plena do ex-ministro. Mas em nenhuma dessas situações, a Grande Midia retratou-se ou disse que ele era inocente. Ficou o dito pelo não dito.
Agora mesmo, no caso de desvios na Agencia Nacional de Águas, tenta-se mais uma vez querer envolver o nome de Dirceu com clara demonstração de uma articulação ferina e maldosa de criar mais dificuldades para o ex-ministro.
Como se não bastasse a condenação do STF sem provas, os grandes veículos do País insistem em persegui-lo como poucos Homens Públicos já o foram ao longo dos tempos.
Sabem por que? Porque Zé Dirceu é seguramente o mais competente formulador de ideias e políticas de sustentação no debate interno do PT e da Esquerda na America Latina a oferecer para fora do partido com indicativos e sugestões as ações voltadas para resolver os problemas graves da sociedade brasileira e seria, não fosse essa perseguição desmedida, seguramente o presidente sucessor de Lula.
A Direita, super conservadora, sabe disso e em face disso tenta matá-lo moralmente, sem êxito por conta de sua condição estupenda de resistir e provar sua inocência, mesmo em grande desvantagem.
Como disse outro dia Roberto Jeferson, “ele jamais poderia ser Presidente porque teria competência para fazer estragos”. Estragos, que estragos? É que a sociedade ignora que os eixos de grandes negócios do Brasil deixaram de ser os EUA, os aliados conservadores à Direita, e passou a ser China, India e outros países de conduta institucional desalinhada dos Estados Unidos.
Mas, pelo que diz o ex-ministro, ele não desistirá de provar sua inocência.
A seguir, reproduzo Nota enviada por sua assessoria à Coluna.
Leiamos:
O irresponsável envolvimento de meu nome em escândalos
Por várias vezes em anos recentes, a imprensa vinculou-me a escândalos que, depois de concluídas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nada tinha a ver com tais episódios. Meu nome nem sequer figurou como testemunha nestes processos.
Foi assim pelo menos seis vezes: nos casos Celso Daniel; MSI-Corinthians; Eletronet; Operação Satiagraha; Carlos Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora (MG), do PTB; e Alberto Mourão, ex-prefeito de Praia Grande (SP), do PSDB.
Em alguns desses casos – como Bejani, Eletronet e Satiagraha –, meu nome foi parar no noticiário das TVs. Repito: encerradas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nunca tive ligações com nada disso.
Agora, a história se repete.
A partir de declarações de Cyonil Borges, ex-auditor do TCU sob investigação da Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que apura denúncias relacionadas a Paulo Vieira (ex-diretor da Agência Nacional de Águas-ANA), de novo sou envolvido. Gratuitamente. Irresponsavelmente, como das outras vezes. As investigações ainda estão em curso e meu nome já é escandalosamente noticiado como relacionado ao caso.
Não custa recordar que Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, fez o mesmo: acusou-me de beneficiário de esquema de corrupção que teria havido em Santo André. Quando o processei por calúnia, ele afirmou em juízo que ouvira de terceiros que eu era o destinatário de recursos financeiros ilegais para campanhas eleitorais do PT.
Francisco Daniel retratou-se, de forma cabal e indiscutível na Justiça. Mas isso praticamente não foi noticiado pela imprensa. E continua sem ser noticiado quando a mídia com frequência volta ao caso Celso Daniel. Ela repete a acusação que me foi feita por Francisco, sem registrar – ou fazendo-o sem o menor destaque – que ele se retratou.
Assim foi em todos os demais casos que lembrei. Envolvem meu nome no noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a “temporada” e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim – pelo contrário, as investigações terem concluído que eu não tive o menor envolvimento com o caso em pauta.São Paulo, 28/11/2012
José Dirceu
ÚLTIMA
“O nome/ a obra imortaliza…”

