{arquivo}Há, desde cedo, por muitos ambientes da capital paraibana uma onda de comentários e análises sobre os novos números da sucessão em João Pessoa divulgados pela TV Arapuan nesta segunda-feira, na estreia de Nilvan Ferreira, certamente dentro da normalidade conceitual, mas se faz indispensável atentarmos para alguns aspectos fundamentais.
O primeiro dos entendimentos é de os dois maiores candidatos de Oposição se mantêm na frente da pesquisa com 23,5% (Cícero) e 21,5% (Maranhão) mas sem conseguir disparar em termos de crescimento, a não ser Cícero mas em escala ainda contida.
Pelos números, há a constatação de crescimento da candidatura de Luciano Cartaxo, agora com 16,1%, portanto, se comparado ao desempenho dele em outras aferições de outros institutos há um processo crescente em torno de seu nome. Tem mais: sua liderança entre os formadores de opinião também se faz notar.
Este aspecto pode ser aferido na análise do fator de tendência espontânea – naquele índice no qual o entrevistado fala na sua opção sem ser provocado. Leiamos os números da Espontânea: Cícero Lucena tem 14,7%, José Maranhão 13,6%, Luciano Cartaxo 10,3% e Estelizabel Bezerra 6,2%.
Ora se a pesquisa tem 3,3% de erro prudencial, logo se dirá que há um empate técnico entre Luciano e Maranhão. Neste componente, atesta-se ainda que a candidata Estelizabel não cresce na mesma proporção do candidato petista, embora ela tente se credenciar como condutora do saldo da administração municipal de João Pessoa, em face deste projeto ter se iniciado no PSB. Não está colocando, ao que parece.
Embora haja quem minimize ou desqualifique o fator Rejeição, ao contrário entendemos que este componente se faz muito importante na fase decisiva, de segundo turno, como certamente acontecerá em João Pessoa.
Tomemos como a base, os números da rejeição:
José Maranhão (PMDB) – 21%
Cícero Lucena (PSDB) – 18,8%
Estela Bezerra (PSB) – 16,5%
Luciano Cartaxo (PT) – 4,3%
Lourdes Sarmento (PCO) – 4,2%
Antônio Radical (PSTU) – 3,5%
Renan Palmeira (PSOL) – 1,9%
Na prática, significa dizer que o candidato do PT é o menos rejeitado, portanto, tende em se mantendo nesse patamar a ser mais bem avaliado numa hipótese de chegar ao segundo turno.
É evidente que muita água há de rolar, mas a dados desta segunda-feira a Pesquisa gera uma preocupação maior para a campanha de Maranhão e de Estelizabel porque sinaliza Cicero e Luciano numa hipótese de segundo turno, isto a se se manter este nível de situação atual.
SOBRE O AFASTAMENTO DO GOVERNADOR
O presidente do PSB, Ronaldo Barbosa, disse nesta segunda-feira ao WSCOM que não procede que o governador Ricardo Coutinho se afastará da campanha de Estelizabel Bezerra. Até ironizou.
Mas, o fato é que o presidente não falou da decisão tomada pela área política/marketing de tirar a imagem do governador da campanha – e isto chama-se afastamento, sim.
Ainda este, daqui a mais alguns dias, vamos saber quem tem a informação precisa.
O fato é que por análise das pesquisas a cúpula decidiu tirar RC da condição de carro chefe do Guia Eleitoral.
Aliás, a pesquisa do Sistema Arapuan justifica o que o marketing enxerga deixando o pessoal do Canal 40 em pânico. É crescente a rejeição ao governador.
COMPARATIVAMENTE
Em Recife, onde pontifica o governador Eduardo Campos – presidentre nacional do PSB, o candidato dele está já com 12%, diferemente de Estelizabel em João Pessoa, que não sai da casa abaixo de 10%.
Lá, na capital pernambucana, onde frequento permanentemente, Eduardo é o principal eleitor da cidade, já o governador RC tem performance inversa, segundo pesquisas.
QUANDO LULA CHEGAR
O médco Roberto Kalil anunciou nesta segunda-feira que o ex-presidente Lula está liberado para fazer campanha nos municipios. Se isto é verdadeiro, como o é, certamente ele deverá estar em João Pessoa pedindo votos para Cartaxo.
Faz diferença, pesa.
TUCANATO AGAIN
Novamente, a cúpula do PSDB se reune nesta semana para definir as ações sobre as candidaturas com chances no País, além de Serra, mesmo com alta rejeição.
Cicero Lucena deve trazer Aécio Neves, Sérgio Guerra, etc.
E Cássio. Este último caso merece estudo e maior atenção porque fere a relação com o governador Ricardo, aliado do senador campinense.
ÚLTIMA
“Amanhã/ vai ser outo dia…”
