{arquivo}Impressiona o efeito sanfona do poder econômico sobre a repercussão bombástica de um assunto polêmico, de grande ressonância, se ele acontece na grande ou pequena aldeia deste País. Nesta terça-feira fiquei impressionado com o nível de cobertura envolvendo, não o contraventor Carlinhos Cachoeira, mas sua elegante e bela mulher, Andressa Mendonça, em Goiânia.
Pela primeira vez, desde que Cachoeira mostrou o quanto a estrutura de Governos é passível de manipulação e desvios, que a conjuntura permite a inserção de uma personagem de grau de envolvimento íntimo ( Andressa Mendonça), mas por ser mulher dele ocupou as principais redes de TV e as demais variantes da Midia nacional.
Volto a repetir: ela é mulher, esposa, companheira – não tem nada a ver com desvios – mas foi tratada no âmbito espetacular pela sua performance no caso. Nos EUA, não tem rico nem pobre a ser contemporizado: errou vai ser exposto.
Guardadas as proporções, fosse quem fosse na Paraiba – logo se ouviria como “ preocupação” predominante: “ veja bem, é a mulher do homem, tem nada a ver, vamos deixar isso de lado, olha só, etc”.
Como ensina o pós doutor em Reputação e Imagem, Mário Rosa, com quem tive o prazer de conversar com ele, por telefone, direto de Nova York (ele), a censura pode existir como fator de inibição na pequena aldeia, mas nunca acontecerá no grande ambiente porque rico ou pobre, dependendo do caso, gera audiência incomum.
O caso da denominação do nome de Ronaldo Cunha Lima ou Tarcisio Burity é uma lenda com esse tamanho de manipulação de interesses. Em qualquer dos casos, sempre haverá quem pontue, não as possibilidades de reflexão sobre o caso, mas o patrulhamento indicando que quem questiona não é amigo, e se abre oportunidade de exposição maior da fala do outro é assumidamente contra, quando nem uma coisa tem a ver com a outra, sempre.
Tudo tem a ver com o tamanho financeiro do lugar, do movimento dos veículos de comunicação e a interferência mais próxima do caso, cuja condição acontece também nos grandes centros. A Veja, como maior revista, volta e meia comprova o que digo quando poupa os amigos e desanca quem não o é.
Isto não é liberdade de imprensa nem democracia. Chama-se asfixiamento do Capital sobre a Informação, coisas do Terceiro Mundo.
