{arquivo}A dinâmica política na Paraíba construiu de seis meses para cá uma rearrumação no tabuleiro político da disputa na Capital com significado efeito, então inesperado, a partir da decisão do prefeito de João Pessoa, Luciano Agra, de romper com o PSB e o governador Ricardo Coutinho permitindo novo cenário em curso.
Antes, o que se tinha como certa era uma candidatura de Situação – primeiro pontuada por Agra depois, por capricho do governador, passou a ser Estelizabel Bezerra gerando uma sequência de fatos a modificar o ranking da sucessão.
Lá atrás, na oposição pontificavam José Maranhão, Cícero Lucena e Luciano Cartaxo, entretanto, com a nova composição, Cartaxo passa a ser Situação na Capital mas jogando como Oposição em nível estadual, enquanto Estelizabel aparece numa situação especial, onde modificará a posição agora de critica a Agra, mesmo sendo situação no Governo estadual.
Vai ser engraçado ver Estelizabel, que antes endeusava o prefeito, passar a ser ferina na dosagem da crítica.
Ressalte-se que, independentemente das rearrumações, a candidatura de Cartaxo já vinha construindo uma base partidária expressiva com o PP e PRB passando a ter mais musculatura ao ter o apoio do PPS e a indicação de Nonato Bandeira para Vice dentro de uma estratégia de apoiamento público de Agra ao petista.
Qualquer estudante de ciência política sabe que qualquer governo varia entre 15 a 20% de sua influência eleitoral, portanto, não é precipitado admitir que com os reforços anunciados em torno de Cartaxo passa a ter perspectivas concretas de ascender ao segundo turno. Um detalhe para compreensão da cena: são quase 13 mil pessoas com vinculo instável na prefeitura e que devem ser de exercito na competição.
Na Oposição graúda, Maranhão e Cicero produzem o reforço para chegar à convenção com perspectiva. O ex-governador, por exemplo, deverá ter o apoio do PTB e PR, além de outros nanicos, devem sair de um desses partidos o nome para a Vice.
No caso de Cícero, de ultima hora resolveu jogar pesado nas articulações para atrair apoios partidários e deve selar acordo com o PSC visando indicar o Vice. Fala-se em Toinho do Sopão, mas este agrega eleitoralmente sem a mesma dimensão no quesito gestão. Por isso não será demais ver Italo Kumamoto ou Marcondes Gadelha como Vice.
Por essas e outras é também admissivel projetar que entre Maranhão e Cicero estará o outro nome para o segundo turno.
Esta é, sem tirar nem por, a realidade deste momento às vésperas do final de prazo das convenções.
