RIO DE JANEIRO – Três fatos marcaram a eleição de segundo turno na UFPB nas ultimas horas denotando movimentos naturais de uma disputa acirrada, embora sem um debate mais profundo para compreensão da sociedade paraibana sobre como este cenário sucessório pode contribuir com a construção de uma etapa em que a Universidade seja mais próxima e proativa apontando alternativas e soluções para muitos dos problemas externos aos muros da instituição.
Antes de tratar das novidades que afetam o momento presente, não nos abstraiamos da necessidade premente da sociedade acompanhar de perto o processo em curso porque, insisto, a UFPB é patrimônio a merecer muita importância e como tal precisa retroalimentar o futuro com conhecimento sobre métodos e meios de contribuir com a sociedade paraibana.
Ela precisa se manter com autonomia absoluta, independente de amarras partidárias ou de sectarismos advindos de brigas corporativas de setores de sua comunidade.
Mas, como observei, três fatos mexeram fortemente com o processo de ontem para cá. Primeiro, com a decisão do professor Otávio Mendonça de anunciar apoio à candidatura de Lúcia Guerra seguido de outro anuncio, agora de Luiz Renato em adesão à Margareth Diniz e, por fim, a decisão da candidata de situação pedindo ao Consuni nova data da eleição alegando prejuízo com a greve dos professores e a projeção de paralisação dos técnico-administrativos.
A eleição de segundo turno em sendo tratada como processo zerado, nessa condicao conceitua uma nova composição de dados, embora a candidata Margareth imprima uma expectativa de aparente melhor condição de desempenho em face do percentual alcançado no primeiro turno. Ela partiu na nova fase com aura de favoritismo.
Mas isso nao resolve definitivamente uma eleição. Há que se levar em conta como ficará o processo com o envolvimento pessoal do reitor Romulo Polari em nível inexistente no primeiro turno porque brincou com a sorte e agiu com acomodação e amadorismo diante de uma turma adversária aguerrida e instrumentalizada com estrutura e recursos.
Polari achava que pelo conjunto do trabalho que desenvolveu, o acréscimo da parte física da instituição como nunca se vira depois do professor Lynaldo Cavalcanti, bem com dos suportes para ampliação do nível de ensino de graduação e, sobretudo pós-graduação, etc, tudo isto valeria como fator determinante para eleger sua candidata, mas está provado que em eleição não se pode dormir de toca.
Além do mais não se pode ainda ignorar o reforço externo produzido pelo Governador Ricardo Coutinho, através de diversos integrantes da equipe, sem contar o tamanho da importância financeira da UFPB – a terceira maior receita do estado – levando muita gente a querer se beneficiar dos cargos e gratificações. Este ultimo aspecto gera repulsa pela involução criada.
É este novo cenário que faz se indagar se o processo eleitoral manterá a tendência de primeiro turno ou a entrada de Polari mais fortemente significara mudança pro sua candidata, até porque Lúcia modificou muito sua performance, mais contundente, e isso é fator a de levar em conta.
Os próximos dias definirão a tal tendência. Ou não, como diria o mano Caetano.
COMO PRECONIZAMOS
Embora provocando amuos de setores minoritários desacostumados à critica, a Coluna acertou em cheio com alguns prognósticos.
Ponto um: dizíamos antes que haveria segundo turno. Esta comprovado.
Ponto dois: apostávamos que as candidatas da nova fase seriam Lúcia Guerra e Margareth Diniz.
Ponto três: que Otávio apoiaria Lúcia e Luiz Renato aderiria a Margareth.
Ponto quatro: Ninguém subestimasse a participação do governador Ricardo pro Margareth.
Tem mais detalhes, mas só diremos mais na frente.