{arquivo}BRASILIA – O resultado final da apuração dos votos nas eleições para escolha do comando da Reitoria da Universidade Federal da Paraíba apresentou cenário de segundo turno entre as candidatas Margareth Diniz e Lucia Guerra porque nenhum candidato conseguiu mais de 50% dos votos. Este ano, contudo, e pela primeira vez em toda a historia da instituição, o Governo do Estado resolveu aparelhar a disputa colocando a máquina a serviço da candidata de Oposição, conforme denuncia registrada por outros candidatos.
Na verdade, a UFPB se surpreendeu ontem com o aparato da candidata Margareth impressionando pela quantidade de operadores de boca-de-urna dando a impressão de que venceria no primeiro turno. Aliás, sites engajados na candidatura chegaram a anunciar sua vitoria, que ato continuo, chegou a ser comemorada pela militância no Campus I, especialmente no local da apuração.
O fato é que por pouco a candidata não chegou ao êxito, pois obteve 49,66% contra 35,93% dos votos em favor de Lucia Guerra.
Na prática, o que se viu foi o aparelhamento do Governo a serviço da candidata oriunda do CCS promovendo um show de interferência inadequada e contra – producente para os destinos de uma instituição como a UFPB, que precisa não reproduzir a cena político – partidária externa de manipulação eleitoral – como se deu ontem.
O fato do governador Ricardo Coutinho ser funcionário licenciado do Hospital Universitario não lhe dá o direito de alimentar a cultura retrograda do aliciamento e até, segundo denuncias constantes, de oferecimento de dinheiro a eleitores, algo que deprime e depõe contra o processo democrático e transforma a eleição da UFPB num péssimo exemplo para a sociedade paraibana.
Além do mais, mesmo que se admita e acate o mérito particular da candidata Margareth Diniz como líder universitária, nunca se pensou que fosse preciso misturar interesses difusos entre a instituição e o Governo do Estado, pois na pratica precisam ter relações institucionais elevadas, autônomas, mas nunca com o registro de interferência danosa ao futuro desse mesmo relacionamento.
Mas, agora é dado o direito da UFPB de se recompor perante a sociedade permitindo, enfim, que a autonomia da instituição seja preservada para não macular a imagem diante das futuras gerações, inclusive de alunos, nunca como o registrado nesta quarta-feira de forte perigo para a autonomia da nossa mais antiga ambiência de conhecimento.
Desta feita, os demais candidatos que não lograram êxito e a própria comunidade vão decidir se aceitam ser manipuladas pelo governador ou se seguem com altivez na direção do futuro reproduzindo sua própria face de independência e autonomia soberana.
A UFPB não pode ser um quintal do Governo do Estado, seja em qualquer que seja a gestão. Do contrário é fechar as portas e jogar as chaves no Palacio da Redençao.
A pureza de Lúcia Guerra
Quem acompanhou os bastidores da campanha da candidata Lucia Guerra se espantou com o nível de purismo exacerbado da principal referência de Situaçao, de defesa da Gestão Romulo Polari, sem querer contra-acatar diante das acusações descabidas da Oposiçao.
Mais do que isso, por absoluta inexperiência em campanha como nome principal de um agrupamento, ela não soube se servir da condição de Situaçao fazendo uma campanha simplória do ponto-de-vista estrutural dando a impressão olhando a adversária de que quem era de Governo era a Oposiçao dado o aparato.
Se quiser ser Reitora, Lucia Guerra não precisa adotar nenhum ato anti-etico mas vai ser necessário se estruturar melhor e partir para a defesa do projeto que representa porque a UFPB não vive crise, ao contrário experimenta a sua melhor fase – e isto ela não soube dizer no primeiro turno.
ATAQUES FELINOS
Durante todo o primeiro turno, como de sorte faremos nesta nova fase, a Coluna se prestou a apontar fatos e analises que deixaram raivosos alguns ptbus próximos da candidata Margareth Diniz.
Ressalte-se que sempre, em todos os momentos, sempre acatamos a candidata de Oposiçao de forma respeitosa e elevada, portanto, não vamos nos deixar ser importunados por interessados em gratificações do futuro.
Tudo passa, tudo passará e a UFPB é maior do que os amuos. Agora, disputa política é disputa política e só.
ÚLTIMA
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença,,,