Quando só o coração enxerga a ausência

                                                                                Para Pablo e Vinicius

{arquivo}Ninguém na face da terra, exatamente ninguém, que usufrui do calor humano expresso na vida de cada Mãe tão especial na vida da gente, pode se inibir neste domingo de festejos que precisam ser assumidos intensamente neste nobre calendário da sociedade como um todo.

Se hoje é dia de celebrar a essência de quem pariu a vida com amor dedicado ao longo dos tempos, então não percamos um segundo sequer para manifestar isso olho no olho, cara a cara com a saudação mais forte possível. Mas precisa ser sempre, não apenas hoje.

Mãe é única e tão diferenciada de tudo o que Deus colocou na terra, que sabe mais o significado desse Ser fantástico é quem, por algum motivo, já está desprovido desse encanto humano.

Não há nada que substitua a ausência dos pais, sobretudo, como de sorte dos que se vão por convocação divina, mas, cá pra nós, não poder abraçar e curtir de beijos a sua principal referência de reprodução humana é sofrer muitas vezes sob o domínio de uma força que nos fragiliza e nos impõe dor de ausência para sempre.

Conheço muita gente que tem diante dos olhos a Figura fundamental para sua vida, cada Mãe, sobretudo nos momentos em que as dificuldades querem nos derrubar, entretanto, insistem em ignorar esse tesouro ou, no mínimo, lhes dão pouco afeto na proporção devida quando se trata de amor e carinho. E nem se tocam, embora hoje esta talvez seja uma oportunidade para acordar e valorizar quem a gente tanto precisa.

Neste domingo de festejos, ainda terei forças para vibrar com a alegria de tantas mães conhecidas, sobretudo as mais próximas, quem sabe dividindo momentos de felicidade porque vivemos para sermos felizes ao lado delas.

Se, por acaso, em algum momento eu chorar pela saudade de Maria Júlia (minha mãe, in memorian) saibam que lá estará mais um filho dedicado que apenas nunca conseguiu suprir a sua ausência de forma nenhuma. É dor doida demais para sempre.

Mas, se ela foi exemplo e diante de nós vivemos a condição divina imposta aos humanos com tantos mistérios, no mínimo espero reproduzir muitos dos ensinamentos de Júlia repassando-os a quem puder fazê-lo como forma de dizer que ela existe, através deste legado reprodutor cultural – e tudo é apenas um atestado de que Deus nos oferta condições também difíceis de convivência. Daí a necessidade de recompor a estima e seguir o caminho germinado em cada Mãe querida, a minha hoje brilhando no Céu.

É o ciclo, que estudiosos como Darwin, traduziram em pesquisas sobre o tempo da humanidade na terra, cujo mistério de permanência só a Deus é dado a capacidade de dominio absoluto. Não há, entre humanos, nem teorias nem meios para decifrar esta definição divina.

Em síntese, dores e realidades duras à parte, se hoje é Domingo das Mães deixemos de discurso, partamos para confortá-la cada vez mais porque, segundo Abelardo Barbosa – o Chacrinha – ela merece.

Ai de nós sem ela!

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“Se eu pudesse/
Eu queria outra vez mamãe/
Começar tudo, tudo de novo…”

 

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