{arquivo}O senador Vital do Rego Filho, presidente da CPI do Cachoeira, chegou ao fim-de-semana comemorando o que, para ele, significará uma vitória do seu agrupamento político, depois do vazamento de informação na coluna “Radar”, da revista Veja, segundo a qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu intermediar e interferir no processo para reverter o cenário de Campina Grande, onde o PT fechou com o PP.
A garantia de Lula teria sido dada a caciques do PMDB, com quem o ex-presidente sabe lhe dar como poucos.
O fato é relevante mas, como conseqüência, o que fará existir? Se for para recuar da aliança e zerar o jogo, voltar-se-ia para a construção de candidatura própria – e não de apoio ao PMDB, pois incorreria no mesmo problema estatuário, a não ser que Lula rasgue-o e faça como outros lideres impositivos.
Dois aspectos me chamaram a atenção: primeiro, a força indiscutível que o senador Vital tem conseguido ao longo de pouco mais de um ano, pois além da presidência da CPI ainda comanda a Comissão de Orçamento – e todo este cenário lhe cacifa muito, tanto que está rendendo frutos.
O segundo aspecto, constante na nota, é que Aguinaldo e Daniela Ribeiro são tratados como adversários, algo não concebido integralmente pelos irmãos e o ex-deputado Enivaldo Ribeiro mas que, com a nova cena, este sentimento e condição poderá aflorar dessa forma.
Ora, se faz indispensável compreender toda a trama não só para agora, mas com perspectiva de segundo turno e, principalmente, em 2014.
Em síntese, é um xadrez complicado, muito complicado, porque cada movimento de pedra significa reação relativa e proporcional.
ROSSANA: íntegra e serena
A primeira entrevista que a arquiteta Rossana Honorato deu nos últimos dias, depois do rumoroso caso de exoneração na Sudema, surpreendeu positivamente porque, apesar de estar rompida com o ex-governador Ricardo Coutinho, ela se mantém serena e ética na abordagem sobre a política e os rumos do debate eleitoral de 2012.
Madura, segura e cirúrgica ela exibe uma postura clara de que não apoiará nenhuma das pré-candidaturas do extinto Coletivo (Estelizabel e Nonato Bandeira), aliás como Feminista avalia criticamente a postura da ex-companheira de mesmas lutas.
Aliás, a cultura à lá Cuba e o estilo ditatorial do líder do PSB foram também motes de criticas serenas da arquiteta.
O DESTINO DE BIRA
Ninguém se iluda: o castigo que o governador RC tem dado ao vereador Bira, um dos mais qualificados quadros da politica partidária da Capital por não estar engajado com a pre-candidatura de Estelizabel, não é explicável sob qualquer natureza, sobretudo ético, político e de companheirismo mesmo.
Desde quando emergiu nos movimentos estudantis, Bira sempre se pautou pela lealdade aos principios partidários e à amizade com RC pensando ele se tratar de algo reciproco e verdadeiro. Não era, portanto, a dor sentida é de tamanho insuportável.
E Bira vai continuar assim, sendo humilhado para se manter de pé? Se o coração dele falasse mais alto já estaria fora do PSB, mas como age com a razão da política vai construir a hora certa de seguir seu caminho sem tutelas malucas nem desrespeito às relações.
De quantos Biras se vive um líder astuto e desumano? – é a pergunta das ruas de Mangabeira e da Torrelândia.
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“O que dá pra rir/ dá pra chorar…”
