{arquivo}A novidade mais recente na cena política do Estado com total envolvimento no campo jurídico diz respeito à decisão do advogado Marcelo Weick de assumir a coordenação da campanha da pré-candidata Estelizabel Bezerra, do PSB, no campo em que pontificou, quando lá atrás criou embasamento para a cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima.
No meio jurídico – político não se fala em outra coisa, a começar pelo argumento central das especulações advindo do fato de Weick ter sido o coordenador de campanha do ex-governador José Maranhão, em 2010, como é sabido por todos.
De fato, chamou a atenção porque não se muda de posição assim tão fácil, sobretudo envolvendo política partidária onde se exige dedicação, suor e lágrimas. Mas, para chegar a esse estágio ele deve ter feito balanço de ganhos e perdas até porque, em qualquer situação, ao se fazer uma opção ganha-se e perde-se, nunca as duas coisas totalmente.
Ao assumir Estelizabel, na verdade Weick está assumindo Ricardo Vieira Coutinho – o mentor da pré-candidata e dono do PSB paraibano. É impossível se pensar nesta questão sem o vinculo intenso entre os atores.
Se isso é verdade, sabendo-se que o ex-governador Maranhão é pré-candidato, vamos ver como agirá o Culto advogado e professor do Direito no trato dos problemas jurídicos que o líder do PMDB tem, a partir da reprovação das contas de campanha. Weick vai precisar coordenar as ações que possam tirar de campo o ex-aliado.
Da mesma forma dir-se-á de outros processos tramitando no Tribunal Eleitoral, logo será inevitável ter que encarar o ex-governador em diversas pelejas, mesmo ele que sabe como poucos tudo o que significa a vida pregressa de Maranhão.
Ele, com a nova missão, mudará discurso e defesa de processos rumorosos como o Caso Cuiá, surgido ainda na campanha estadual passada, onde ele era coordenador geral – leia-se acusador, mas agora será defensor. Não é fácil essa condição.
Trocando em miúdos, Ricardo Coutinho fez de Weick na conjuntura uma espécie de temor danado para uns até porque ele, sem dúvidas, é um operador do Direito qualificado. Mas vai precisar reparar vem em quando – e sempre – o fator ético, sob pena de se perder no caminho.
A opinião do ex-governador Maranhão
Em contato com a reportagem do WSCOM, o ex-governador conceituou que o advogado Marcelo Weick deva trer se encantando pelo Poder. Disse também que foi pego de surpresa com a contratação pelo PSB, mas minimizou a aquisição dos socialistas. “Não é um contrato que garante uma eleição”, disse.
Apesar das declarações, Maranhão disse que o advogado tem todo direito de trabalhar para quem quiser. “Marcelo é um profissional do Direito e está livre para assumir o que quiser”, afirmou.
Ele finalizou dizendo que “não está preocupado com a questão, pois sua campanha terá bons escritórios”.
Marcelo Weick foi procurado pela reportagem do WSCOM Online para comentar as declarações do ex-patrão, mas não atendeu as nossas ligações.
API: atenta e solidária
NOTA DE SOLIDARIEDADE
A presidente da API, jornalista Marcela Sitônio, cumpre com seu papel representativo ao hipotecar solidariedade imediata ao radialista Vinicius Henriques, vítima de atentado na madrugada. Eis o que diz a diligente e ética líder:
A Associação Paraibana de Imprensa (API) repudia o ato violento praticado contra o radialista Vinícius Henriques que teve sua casa crivada de tiros de espingarda calibre 12 durante a madrugada deste sábado (28), fato ocorrido por volta das três horas, quando motoqueiros armadas de revolveres e espingarda, atiraram na residência do profissional que perfurou o portão da casa, atingindo ainda um veículo e objetos que estavam na garagem.
Ato dessa natureza configura-se uma ameaça contra a liberdade de expressão e contra o Estado Democrático de Direito. Nós, que fazemos a API, reforçamos o compromisso com a informação ética, responsável e temos envidado esforços para construir uma cultura de paz na Paraíba, através do diálogo permanente com outras entidades da sociedade civil que também defendem o respeito aos direitos humanos. Portanto, julgamos inadmissível qualquer forma de intimidação aos direitos individuais ou coletivos, garantidos constitucionalmente.
Ao mesmo tempo em que a API se solidariza com o colega Vinicius Henriques, exige do poder público, em todas as esferas, uma rápida apuração dos fatos que têm indícios de represália às denúncias sobre o crime organizado no Estado, conforme atribui o próprio radialista que comanda um programa policial na Rádio Arapuan.
Marcela Sitônio
Presidente
ÚLTIMA
“Faça como o velho marinheiro/
que durante o nevoeiro leva o barco devagar…”