{arquivo}BRASILIA – A posse da Ministra Carmem Lúcia, ontem, no Tribunal Superior Eleitoral em solenidade altamente prestigiada se deu sob ventos e circunstâncias que cada vez mais exige o elemento ético nos ritos e nas instâncias representativas da sociedade. A muitos quilômetros daqui, o conjunto da classe de advogados tomou uma decisão importante que foi escolher entre tantos candidatos seis de seus integrantes para compor a lista sexpulta que a OAB/PB enviará ao TRT visando, pelo Quinto Constitucional, constituir a Lista Triplice que, enfim, será encaminhada para escolha final do futuro Desembargador daquele Corte.
Pela manifestação de classe, as urnas apontaram pela ordem:
1º) Leonardo José Videres Trajano – 1769
2º) José Edísio Simões Souto – 1662
3º) Paulo Antônio Maia – 1563
4º) José Mário Porto Júnior – 1552
5º) Severino do Ramo Pinheiro Brasil – 123
6º) Hermano Gadelha de Sá – 1128
É deste elenco que daqui em diante o rito processual buscará, inicialmente, a redução para uma lista tríplice seguindo-se de decisão da Presidenta da República para publicação de ato no Diário Oficial com o nome do escolhido para tão honrosa e difícil missão de Desembargador do TRT.
Em que pese a constatação de que a Lista Sextupla é composta de dignos Operadores do Direito, sem exceção, é pertinente afirmar neste momento que a escolha e a ordem da escolha sinalizou por um prisma pela primeira vez distinto: o nome a constar no primeiro lugar da relação é profissional de carreira e conduta exclusiva do Direito Trabalhista sem nenhuma vinculação com cargos e histórico vinculados à Politica.
Talvez esteja aí o vinculo do advogado Leonardo Trajano com os ventos que sopram na Capital Federal em que a meritocracia (mérito mesmo) é valor pujante nestes tempos de tantas informações danosas (vide Cachoeira, Demóstenes, etc) no Pais e nos Estados (vide ainda a tragédia no TJ do Rio Grande do Norte, onde desembargadores, ex-presidentes da Corte são flagrados em atos de corrupção) a sujar a imagem de nossas instituições.
Seja o que for, como for, o fato é que os advogados da Paraiba deram seu recado duro e curto restando agora tão somente as fases seguintes traduzam de fato o que querem diante da sociedade repleta de atenção e zelo para que as urnas sejam referencia a ser respeitada na sua integralidade.
Leonardo Trajano está também fazendo a sua parte, mas agora é etapa política que, espera a sociedade, não se desfaçam nem atormentem os acenos de base da classe nobre dos advogados. Como diz a canção do poeta, cada um dá o que tem.