A postura de Cássio, a sinceridade e a história

O senador Cássio Cunha Lima se mantém afiado no discurso, nas avaliações e na projeção do futuro, que aguarda para o Brasil, a Paraíba e sua própria condução a curto e médio prazos. Nesta segunda-feira, na TV Arapuan, ele voltou a dizer que apóia abertamente o Governo Ricardo, por isso não abrirá cenas de dissidência, analisou diversos cenários onde até discorda do governador, mesmo assim estará fora da disputa de 2014, portanto, apoiará a reeleição de RC.

Ele não sabe avaliar, mas são expressivos os aliados que se entristecem com ela escolha.

Se faz importante admitir que o exercício critico que o senador faz do modelo federativo no País, onde o Governo Federal pode tudo, de fato precisa ser refeito. Tomara que seu partido, o PSDB, consiga ir adiante com esta necessidade imperiosa, sobretudo para os estados do Nordeste e Norte, porque costumeiramente a Reforma não sai diante da postura de São Paulo não deixando prosperar a tese. Nem com o PT nem com os tucanos – tenho dito.

Mas, em qualquer cenário, está evidente que ele domina o debate nos vários níveis e está preparado para dar uma contribuição efetiva na condição de representante do estado da Paraíba, sobretudo nestes tempos de realinhamento político.

Cássio falou de muitos assuntos, mas vou centrar o foco da análise na revelação que fez de que esteve com o senador Cicero Lucena em recente almoço e teria dito da dificuldade de subir ao palanque com o ex-governador José Maranhão em nome de uma coerência atribuída à exigência popular. Mas o considerou (Cicero) competitivo e com legitimidade para ir à disputa.

Mesmo assim, observou que está pactuado no PSDB que a aliança com Ricardo será mantida em qualquer circunstância. E isso incomoda muito ao senador – atual presidente, anteriormente já tratado como irmão Ciço, mas que a vida se encarregou de tê-los numa relação de aparência, posto que há muito deixou de ser irmanada como fora desde quando pontificava Ronaldo Cunha Lima como comandante do grupo.

Esta postura de Cássio é mesmo que uma facada no peito de Cicero, exatamente porque foi Ricardo o maior algoz da vida do ex-prefeito. Na proporção inversa, esta é a dor de Cássio porque exatamente partiu de Maranhão as ações que lhe levaram a perder o mandato.

Trocando em miúdos, é muito provável que os dois se permitam e se aceitem assim até certo tempo mas, a continuar esse sentimento dolorido, distante da forma que já foi um dia, não será absurdo admitir que um dia, lá na frente, cada um siga seu próprio caminho porque é difícil viver e fazer política com aparências.

As MPs e o futuro do Fisco e do Governo

Sem acordo político entre bancada do governo e o Fisco não há outro caminho, senão a condição de enfrentamento nesta terça-feira entre os parlamentares para votarem diversas Medidas Provisórias, entre elas a que acaba com o Gatilho Salarial do Fisco criado no governo Cássio e mantido no Governo Maranhão.

O atual senador disse que a matéria é constitucional, diferentemente do que argumenta o governo, mas disse respeitar a posição do governador.

Cássio partiu para esta postura explicando que não viver de ser pitaqueiro do governo. Em tese ele age com bom senso, entretanto, a mudança dos vários cargos e carreira elaborados e postos em prática pelo atual senador poderia ser tratada com a sinceridade que lhe é peculiar quando defende uma tese.

Neste particular, dos servidores, ele anda passivo demais.

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“Quem tem um/ não tem nenhum…”

 

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