A superação do atraso socioeconômico da Paraíba tornou-se difícil, porém claramente possível. Não se pode deixar de concebê-la no complexo mundo contemporâneo, no qual o Brasil encontra-se em crescente integração. O entendimento coerente dessa problemática contempla as suas inter-relações com a globalização e a sociedade do conhecimento. Afinal, a luta pelo desenvolvimento estadual será nesse contexto de elevada sofisticação econômica, tecnológica e organizacional. Um dos grandes objetivos é reorganizar a economia paraibana dotando-a de níveis de produtividade, eficiência e qualidade compatíveis com os padrões mundiais.
Não faz mais sentido propor ideias econômicas piegas e miseráveis baseadas no aproveitamento da mão-de-obra local a baixos níveis salariais. O desenvolvimento da Paraíba depende da boa remuneração da sua força de trabalho, que deve ser empregada em atividades econômicas modernas, tecnologicamente avançadas e com alta capacidade de agregação de valor.
A Paraíba tem nas suas instituições federais de ensino superior (UFPB, UFCG e IFET) uma excelente base científico-tecnológica e de formação de recursos humanos de alta qualificação. É preciso saber o que são essas instituições, a partir do seu grande progresso recente. Veja-se o caso da UFPB, que entrou no seu segundo cinquentenário sob os efeitos de um vigoroso processo de expansão, reestruturação e desenvolvimento. Nos últimos seis anos, a Universidade mais do que duplicou a sua dimensão acadêmico-científica, reconquistando a sua destacada posição no cenário nacional.
Ao completar 50 anos, em dezembro de 2005, a UFPB tinha 3 campi, 9 centros, 1.250 professores (50% doutores), 50 cursos de graduação com 18.000 alunos, 30 cursos de mestrado com 1.400 alunos, 12 cursos de doutorado com 420 alunos, um orçamento de R$ 460 Milhões e ofertava 3.700 vagas no vestibular. Neste ano de 2012, a UFPB passou a ter 6 campi, 16 centros, 2.350 professores (60% doutores), 115 cursos de graduação (7 a distância) com 40.000 alunos (6.000 a distância), 8.300 vagas no vestibular, 51 cursos de mestrado com 2.800 alunos, 28 cursos de doutorado com 1.200 alunos e um orçamento a ser executado da ordem de R$ 1.200 Milhões.
A UFPB era a quinta universidade do Nordeste. Passou a ser a primeira, em número de alunos, vagas no vestibular e número de cursos de graduação, a segunda, em orçamento e número de servidores, e a terceira em número de professores-doutores. O MEC atesta a boa qualidade acadêmica da UFPB, na graduação e pós-graduação, ao avaliá-la com um Índice Geral de Cursos (IGC) igual a 4, que é o maior nível da Região
Em 2011 foi criado o Instituto UFPB de Desenvolvimento da Paraíba. Esse órgão destaca-se nacionalmente pela natureza pioneira e inovadora de sua atuação voltada ao aprofundamento da integração da Universidade com os setores público e privado locais. Nos seus aspectos essenciais, esse instituto dotará o Estado de uma eficiente estrutura operacional especializada na geração e difusão de conhecimentos científico-tecnológicos a serviço do desenvolvimento socioeconômico sustentável.