{arquivo}LISBOA – Dentre as colônias de Portugal, o Brasil foi a primeira a se insurgir contra o predomínio português diante de suas riquezas e seus destinos. Queria, como se deu, ser condutor do seu próprio futuro, da sua existência enquanto Pátria e/ou Nação. Outros Paises demoraram, mas alcançaram essa condição, a exemplo de Angola – na atualidade uma das mais promissoras nações do mundo a partir da África.
No domingo de Páscoa, sem que esperasse ou provocasse, eis que nos deparamos com um momento super especial que foi comemorar os 74 anos de vida do General Antonio França – considerado o General dos Generais de Angola em meio a um grupo pequeno de familiares e amigos. Eram doze pessoas, exatos doze privilegiados, a brindar mais do que o aniversário, a preservação da memória viva de um dos mais importantes revolucionários de Angola.
A Independência daquele País passa pelo tirocínio, coragem e comando deste cidadão de importância conjuntural somente conhecida por quem acompanhou ou dispõe de dados sobre a memória recente (de 1975 para cá), portanto, parte da história passa pelas ordens e decisões tomadas pelo General França. Negociações fundamentais para por fim ao Apartaid, na Africa do Sul,por exemplo, alem de outras grandes negociações com os Estados Unidos passaram por este personagem vivo da historia angolana.
Pois bem, este homem de estatura média(1,68), fala mansa e reclusão voluntária é o mesmo que, apesar do status incomunal, ainda se recusa a ter Seguranças especiais para protegê-lo porque, como diz, não tem nada a temer e esconder diante da historia recente. “Cumpri e cumpro apenas meu papel na História”,filosofa.
O fato é que ele incorpora a tese do genial João Nogueira, interprete do samba brasileiro, que diz: ”O nome/ a obra imortaliza”.
E nesse particular, Angola deve muito a este cidadão do mundo.
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“O olho que existe/é o que vê…”
