{arquivo}LISBOA – Não há no circulo íntimo do governador Ricardo Coutinho um personagem com tamanha desenvoltura de Coringa como o Procurador Geral do Estado, Gilberto Carneiro. Prestem atenção: ele está por trás dos principais contratos gerados pela Era RC na Prefeitura de João Pessoa e no Governo do Estado. É mais forte do que Coriolano Coutinho – o famoso Cori.
Isso é muito bom (para ele) e na mesma proporção inversa a ele próprio porque sua “soberania”tem tempo marcado para se encerrar e quando isso acontecer já não terá o amparo desmedido do governador e dos demais Poderes com a tolerância e mando na atualidade para resolver tantos problemas. Se soubesse o que estão fazendo na vida dele (pessoal e politicamente), jamais entraria de cabeça e tudo como entrou na parada. Vai pagar o preço do Chefe.
O grave caso do “Jampa Digital” tem também as digitais de Gilberto Carneiro, que se revelou nos últimos tempos hábil e de resultados, além de “alta confiança” do governador operando os mais sigilosos cenários a afetar as finanças de muita coisa e gente.
No caso do Jampa, ele resolveu sumir – diferentemente de outras vezes, como se o caso estivesse acontecendo no Himalaia. E não é, pois se trata de matéria articulada e comandada por ele quando estava na Secretaria de Administração – onde também ocupou idêntico cargo – como, de sorte, fez em dezenas de casos a envolver vultosas somas financeiras.
Como ele é ordenador de despesa (lá atrás) vai ter que responder a processos no Ministério Público Federal, Estadual, CGU, AGU, TCE, Justiça Federal, Estadual, etc. Que tamanho de perda de tranquilidade!
Gilberto Carneiro talvez não esteja advertido, mas muito desse volume de dinheiro e processos pode (e deve) cair sobre seus ombros e sua cabeça no decorrer dos tempos. Pior: quando estiver mais na frente fora do governo, os processos vão continuar com ele, sem o mesmo prestigio, a ter que desembolsar grana permanente com bancas de advogados.
Na vida pública recente da Paraíba, conheço dezenas de casos em que, pelo relato e realidade dos ex- Super Secretários, não valeu a pena tamanho envolvimento.
É ganhar e não levar, como se diz na Torrelândia, porque a família é quem vai pagar o preço caro.
FATO CONCRETO
Antes de se consolidar no Juridico de Ricardo, Gilberto não sabe mas na lista de importância e prestigio com o governador (ex-vereador e deputado, prefeito) havia uma lista enorme de gente mais dedicada e nutrida pelo todo poderoso.
Hoje, muitos – muitos mesmo – sequer recebem uma ligação do governador. Roseana Meira, Alexandre Urquiza, Rossana Honorato, etc. A lista é imensa.
No dia que for preciso, Gilberto entrará nesse rol e vai chorar a perda da saude porquem foi correto e o será enquanto precisar. Quando isso náo acontecer, será a rua da amargura.
Guardemos o tempo como testemunha da vida.
NOUTRA DIMENSÃO
Um exemplo, sem ilicitudes, mas que tem gerado aperreios até depois da morte: o ex-Reitor da Universidade Federal da Paraíba, professor Linaldo Cavalcanti, falecido ano passado, está ainda precisando fazer familiares resolverem condenação absurda do TCU criando sérios problemas nas contas da própria família por conta de acertos mal resolvidos.
Não há irregularidades, desde quando criou entidade para tratar dos investimentos em pesquisa, mas um descuido apenas está até hoje criando fortes dores de cabeça aos familiares.
Imagine nos casos de problema mesmo!
Umas & Outras
…Ainda vou falar (escrever) sobre o lançamento do manifesto de Nonato Bandeira mas, cá pra nós, sem os aliados do contra-cheque o resultado seria bem menor. É bom se alertar quanto à fidelidade de quem só pensa em se manter no cargo ou com o contra-cheque. Saberá disso depois de sua desincompatibilização.
…Justiça seja feita: o vereador Bruno Farias é aliado de Nonato. Mesmo.
…Dá pra não deixar de perceber o cuidado/zelo da esposa Célia Chaves – a cearense mais paraibana que conheço na costura das amizades de verdade.
..É. Nonato náo tem perdido mais tempo para defender o governador, que não o defende, nem defende quem se insubordina.
ÚLTIMA
“Lisboa / velha cidade…”
