O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba vive um momento de alta cobrança da sociedade, em particular dos agentes políticos. É que pela terceira vez adiou julgamento em torno das contas do ex-governador José Maranhão, a partir de pedido de vistas da parte afetada (a do ex-governador), mesmo com históricos mais decisivos lá atrás, e urgentes, quando se tratou, por exemplo, da cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima.
Há um entendimento da parte juridica do ex-governador de que é preciso manter a oportunidade de apresentar defesas, o que em tese é fundamental, mas os doutos juízes sabem que a matéria está concluída desde o ano passado, portanto, as justificativas de agora perdem o sentido.
Vamos combinar: a defesa do ex-governador, pelo que apresenta o rito processual, perdeu várias oportunidades para oferecer elementos de saneamento das contas de Maranhão e, conforme ainda relatos das partes, não o fez no momento devido.
Este é o maior problema do ex-governador na sua reta final de atividade plena com histórico invejável mas que, por contra de outrem, está na iminência de não poder participar das eleições de 2012 porque suas contas podem ser rejeitadas. Falta comprovar a utilização de mais de R$ 5 milhões – e isto não se faz da noite pro dia como improviso de violeiro.
Na realidade, o ex-governador enfrenta momentos de agonia porque, mesmo tendo seu nome lembrado expressivamente na disputa da Capital, seu problema no Tribunal Eleitoral é imenso e só escapa se houver força superior, conforme atesta o Ministério Público. E força superior existe?
Em síntese, é grave a situação do ex-governador, no sentido especifico do processo de agora.
E pode ficar inelegível – o que é o fim de sua carreira brilhante.
A palavra cirúrgica de Roosevelt
Quem quiser que não tolere nem goste do jeito neo-europeu do advogado Roosevelt Vitta de se posicionar, mesmo sobre temas tabus e questões bem polêmicas, sobretudo na política. Ele até vai mais além de Freud pela influência psicanalítica de perto (e de casa), mas o forte dele mesmo é a análise juridica permeada pela análise politica.
E dói a danada da fala do dito cujo, seguramente um dos mais argutos profissionais do Direito de todo o Estado.
E há uma explicação: ele é estudioso e relata o que pensa com realismo em torno de si. Foram por essas e outras que teve coragem de dizer ao ex-governador Maranhão que, do ponto-de-vista conceitual, seu tempo passou diante da sucesão municipal. Mais ainda: o seu modelo não empolga, porque saturou.
Roosevelt teve e tem esta espertise, mas a turma da bajulação – sobretudo os que precisam de empregos públicos, rebateu e fez o ex-governador assumir uma disputa que, talvez no futuro próximo, possa se dizer arrependido porque sua natureza deste momento serve para tudo, menos ir ao confronto com meninos e meninas mais hábeis.
Tudo bem que ele tem historia e reputação, mas isso não é o que Rossevelt está dizendo, como os amigos verdadeiros de Maranhao – os que conseguem sobreviver em qualquer condição politica que for.
Secretário zomba dos adversários
Quando menos se esperava, eis que o Secretário de Ciencia e Tecnologia da Prefeitura de João Pessoa apareceu no Cassino da Lagoa, ontem, para festejar sua performance como representante do JAMPA DIGITAL em apari~cao meteórita na Câmara Municipal.
Durante todo o tempo em que passou cercado de um grupo de assessoras de primeira, ele zombou dos vereadores, sorriu demasiadamente por atender os gostos do Chefe (Luciano Agra) e ainda comemorou o aniversário de um assessor..
Umas & Outras
…Nonato Bandeira anda decidido: será candidato, portanto sairá do Governo.
…Para chegar a isso ele precisa refletir diante da decisão do governador de querer Esteliabel como candidata e nao ele, estrategista fundamental. Ou reage ou vai pagar um preço muito caro.
…Das duas, uma: ou eles estão combinados (o que começa a deixar de parecer) ou vem curto-circuito no caminho.
…O gesto do senador Vital de defender o Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, arrefeceu grave crise entre eles. Ou não.
ÚLTIMA
” O olho que existe/ é o que vê…”