A Transposição, a realidade e a eleição na UFPB

{arquivo}O Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, fez nesta segunda-feira, em João Pessoa, durante Seminário promovido pela Revista NORDESTE, o primeiro, depois de exposição fechada à presidenta Dilma Rousseff, antes do carnaval, o mais consistente Planejamento e execução das obras do Projeto de Transposição do Rio São Francisco apresentando com minúcias cada etapa e a projeção de conclusão dos serviços.

Diante de um público altamente técnico, portanto seletivo, o Ministro explicou que a partir de dezembro deste mês até dezembro de 2014 a obra estará sendo entregue para utilização da água, na Paraíba a partir de Monteiro, mesmo admitindo a existência de atraso na obra na parte próxima de São José de Piranhas porque o Governo precisou fazer nova licitação.

Palavras do Ministro: “Esta é a primeira vez que a apresentação está sendo feita depois de conhecimento da presidenta Dilma, em Floresta-PE, mas lá não tinha a presença da imprensa daí a importância deste Seminário promovido pela NORDESTE com alta significação”, declarou.

Bezerra revelou que 1/3 da obra já está realizada e que os próximos 2/3 devem ser concluídas nos próximos três anos. No eixo Norte, por exemplo, que abrange a Paraíba na cidade de São José de Piranhas, o ministro revelou que foi o trecho que enfrentou mais problemas na execução do projeto original e por isso, o governo decidiu encerrar o contrato e abrir nova licitação. “Esperamos reiniciar este trecho até o final deste primeiro semestre”.

Em síntese, além de expor os detalhes e histórico da obra, ele destacou que na Paraíba 127 cidade serão beneficiadas pela Transposição e mais de 2,6 milhões de pessoas serão atingidas.

Mas advertiu: “os municípios e estados envolvidos precisam fazer também a sua parte com ações prévias previstas no planejamento da obra porque, como diz o Seminário aqui realizado é preciso saber – ´O que fazer quando a água chegar”.

Fernando Bezerra Coelho saiu da Palestra aplaudido pela forma e conteúdo da Palestra consolidando o Seminário como a retomada do processo de discussão para otimizar as políticas de uso da água em seus vários aspectos, no consumo humano e de irritação, marcando o momento na história com o Governo explicitando tudo que muita gente desconhecia.

Em síntese, ele proferiu uma verdadeira aula sobre a Transposição do São Francisco.

A parte do Governo do Estado

Pelo que revelou a Presidente do Comitê de Transposição da Paraíba, Ana Maria Torres, no seminário ‘Transposição do São Francisco – O que fazer quando a água chegar?’, o Governo vem adotando medidas articuladas com o Ministério da Integração para gerar condições de dar suporte às áreas a serem atingidas pelo projeto.

Segundo ela, o Governo está realizando obras nas áreas de saneamento, construção de adutoras, coleta de resíduos sólidos, plano de combate a desertificação, além das ações institucionais.

A prefeita de Monteiro questionou a existências de projetos na sua cidade, a primeira a ser afetada, mas a dirigente ficou de procurá-la para encaminhar dados e formas de mostrar o envolvimento daquela cidade.

A advertência de Cássio

O senador Cássio Cunha Lima deu demonstração clara, durante o Seminário promovido pela Revista NORDESTE, que vive uma fase serena na sua vida, mas retomando gradativamente o ritmo de sua função parlamentar afetado pelo estado de saúde de seu pai, ex-governador Ronaldo Cunha Lima.

Mas nem por isso foge ao debate. De forma objetiva, Cássio lembrou que é de Oposição ao Governo Federal mesmo assim não permitirá que o debate menor, mesquinho, que anotou sua existência na atual fase política do Estado, possa permitir o atrapalhamento da tão importante e significativa obra para o Nordeste.

Ele disse que estará apoiando as ações do Governo Dilma neste e em outros projetos de repercussão na vida do Nordeste, especialmente da Paraíba, entretanto, considera indispensável que no paralelo se rediscuta o modelo federativo do País.
 

Silvino: a palavra de quem sabe

Quem em determinado momento do Seminário chamou muito a atenção pelo conhecimento de causa no trato da Transposição e das políticas de recursos hídricos foi o ex-secretário da área no Governo do Estado, José Silvino.

Diplomático, objetivo, ele advertiu que a ação de querer gerar novo canal pelo Vale do Piancó não é a mais recomendável ação nesta fase até porque denunciou a existência de áreas poluídas na região gerando mortalidade (câncer) sem nenhuma ação real dos organismos públicos, por isso mais oportuno é rediscutir o uso de água de Coremas numa redistribuição mais coerente com a necessidade dos 23 municípios.

Deu um show!

Buba: os municípios não têm recursos para obra

Já o presidente da FAMUP, Buba Germano, acabou concentrando sua fala na revelação de que nenhum município a ser envolvido de imediato ou depois com a Transposição dispõe de recursos no orçamento visando adotar as obras secundárias e indispensáveis para quando a água chegar.

– Precisamos gerar novo Seminário com os Governos e os 123 municipios para tratar deste sério problema, que é a falta de recursos para essas obras – declarou.

A vigilância de Dom Aldo

Como sempre, o presidente do Comité Pro-Transposição do Rio São Francisco, Dom Aldo Pagotto, se apresentou no Seminário com a postura de um “cobrador cidadão” para que não haja desperdício de tempo e condições, capaz de construir meios e estrutura nos municípios a serem afetados com a obra.

Dom Aldo, contudo, pontuou a importância do Seminário visando mobilizar os gestores públicos responsáveis no sentido de construir as condições básicas dos preparativos para quando a água chegar.

Um ato positivo do governador

Em pleno momento em que o Seminário da Transposição acontecia, no Palácio da Redenção o governador Ricardo Coutinho anunciava a autorização para abertura de licitações de mais de R$ 500 milhões em obras distribuídas nos mais diversos setores – desde abastecimento d’água, saneamento, até melhorias na infraestrutura rodoviária e nas áreas de educação, cultura, esportes e saúde.

Segundo a assessoria, mais de 50 municípios em todo o Estado serão beneficiados com as obras que serão licitadas pelo Governo do Estado. Bastante contemplada, a área de recursos hídricos traz investimentos em estações de tratamento de água em vários municípios, a exemplo de Água Branca, Aguiar, Alhandra, Cachoeira dos Índios, Coxixola, Desterro, Emas, Ibiara, Nazarezinho, Nova Palmeira, Riacho dos Cavalos, Santana de Mangueira, São José da Lagoa Tapada; a construção de barragens, como a Pitombeira, em Alagoa Grande, bem como a recuperação da barragem Pintado, em Sousa.

Eis, concretamente, um anúncio a merecer reconhecimento positivo em curso.

Eleição da UFPB: fatos, versões e novidade

{arquivo}Enquanto coordenava o Seminário que trouxe à Paraiba o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, acabei tomando conhecimento de artigo veiculado na Internet a nos envolver.

Pensei logo: Enfim, como se presumia, a sucessão na UFPB está deflagrada, sobretudo com a retomada das aulas gerando a prevista ebulição entre as possíveis candidaturas diante dos fatos que se sucedem, também dentro da normalidade possível. Faz parte da democracia o abrigo das idéias, opiniões, o contraditório e projetos no processo sucessório porque está em jogo o futuro da mais importante instituição do conhecimento da Paraíba inserindo nesse bojo de importância a UFCG, UEPB, IFETs e algumas faculdades privadas.

O fato novo da disputa na UFPB – a desistência da pré-candidatura da professora Cida Ramos, em Primeira Mão, no WSCOM com direito a análise deste Colunista já ensejou o inicio do debate. A rigor, deflagrou a campanha pra valer com cada um assumindo seu papel.

Aliás, o processo tem instigado articulações, comentários e até surgimento de personagens distintos da eleição. Um deles atende pelo nome do professor Flávio Lúcio Vieira, o outro, homem de valor, história e decência. Tudo isso dito, contudo, não lhe tira a mania desde os tempos de líder estudantil de achar que sua opinião precisa imperar, ser absoluta – dos absolutistas, mesmo dizendo-se defensor da tal democracia.

Pois bem, da forma com que ele trata as questões da UFPB, a impressão é de que tudo só existe e começou porque, enfim, um dia a Universidade o teve como estudante e agora professor. Mas nada disso tem espectro de verdade ou procedência, posto que o contrário impera nesta questão de agora.

Em artigo, o professor reproduziu análises e censuras ao Colunista como querendo em vão pensar que deixarei de abordar temas e/ou sobre a UFPB porque não integro como ex – aluno matriculado ou funcionário que fui as condições de tratar de um bem público, que a todos pertencem na Paraíba, inclusive porque é pago pela sociedade, por nós, cidadãos.

E divaga querendo “encobrir” o fato deplorável do governador Ricardo Coutinho estar interferindo na campanha construindo (o que se consolidou) a desistência da pré-candidatura nobre do da professora Cida Ramos em troca de apoios, no momento em favor da candidatura de Margareth Diniz, e mais na frente, em 2014, de apoio do Governo à candidatura de Cida à Câmara Federal.

E eis que a “isenção” de professor Lúcio quer intuir para uma comunidade inteligente e culta da UFPB que isso não tem nada a ver com partidarização. E diz no alto de sua “superioridade”: sou critico até do governador. Grande conquista e coisa! Ao longo dos tempos escrev, critico, reconheço virtudes, etc, mas não vejo nisso nada de expressivo, coisa de outro mundo!

Em síntese, ainda bem que as pessoas estão tirando seus manequins do armário para se manterem na sua integral realidade sem máscaras, como é o caso do culto professor que, enfim, conseguiu emplacar a condição de porta-voz de uma candidatura de Oposição, como já vinha fazendo na reprodução de releases e comentários. Mas que precisa assumir, ser decente no seu papel.

No mais, haveremos de abrigar com insistência todos e quantos sejam necessários os assuntos e questões inerentes à UFPB, que tenho a honra de ser um zeloso colaborador voluntário em muitas discussões que servem para dirimir dúvidas e, sobretudo, contribuir com o futuro desta instância máxima do conhecimento paraibano, sem propriedade privada. Neste último caso, quem quer sê-lo, tem que investir – se for pobre entrar em PDV, sofrer, batalhar muito e ser dono do seu nariz por um preço altíssimo, de sobreviver em meios aos invejosos de sempre.

Quanto ao processo eleitoral, haveremos também de abrigar todas as opiniões de pré-candidatos, os fatos em si, mas sem jamais admitir censura de ninguém, menos ainda de quem não tem condições para fazê-lo. Com todo respeito ao Sr assessor, nobre docente de opção legal feita como é permitido na democracia plena, mas que tem de deixar essa mania antiga de pensar que é palmatória do mundo. Não é.

ÚLTIMA

“O olho que existe/ é o que vê…”

 

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